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Brasil O pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil não tem elo com uma bomba em Recife, diz a Aeronáutica

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Aeronáutica diz que Fernando Santa Cruz, pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil não é o autor de atentado à bomba de 1966. (Foto: Divulgação)

Em postagens em redes sociais, Fernando Santa Cruz, pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, foi acusado como o responsável por um atentado a bomba no aeroporto de Guararapes, em Recife, no ano de 1966. A explosão, ocorrida no dia 25 de julho daquele ano, teria deixado dois mortos e 14 feridos. No entanto, não teria atingido o alvo, que era o então ministro do Exército, general Arthur da Costa e Silva. A disseminação da acusação contra Fernando ocorreu após declarações do presidente Bolsonaro, sobre ele.

As publicações levam para um vídeo no qual o narrador chama Fernando Santa Cruz de “terrorista” e diz que Felipe Santa Cruz “é uma das maiores ameaças terroristas comunistas no Brasil”. Nele, também aparece uma fala do presidente Bolsonaro sobre o atentado em Recife e o possível envolvimento de Fernando Santa Cruz nesse caso e na luta armada contra a ditadura militar no Brasil.

No entanto, segundo a Aeronáutica, Santa Cruz não tem elo com bomba. Ao contrário do afirmado em postagens e vídeos, o pai do presidente da Ordem não foi quem explodiu a bomba no aeroporto de Guararapes, em Recife, em 1966.

Conforme um documento do Ministério da Aeronáutica de março de 1970, o autor do atentado foi Raimundo Gonçalves de Figueiredo. Ele foi identificado como militante “da Ala Vermelha do PCdoB” e da Ação Popular, na qual era um dos três integrantes do “Comando Regional da Região 7 – CR7”. Este último abrangia os estados de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará.

Lê-se no documento que “Já está perfeitamente caracterizado que tratou-se de uma ação isolada, praticada por Raimundo, à revelia do Comando Nacional da Ação Popular. Por este motivo, inclusive, Raimundo foi expulso do partido, ainda em 1966”.

Não há registros oficiais de qualquer participação de Fernando Santa Cruz na luta armada. De acordo com o relatório final da Comissão da Verdade, ele iniciou a militância política no movimento estudantil secundarista, em Pernambuco, entre 1966 e 1968. Em seguida, a convite da irmã, mudou-se para o Rio de Janeiro com Ana Lúcia Valença, com quem se casaria e teria seu único filho.

Poucos anos depois, diante da necessidade de aumentar a renda da família recém-constituída, fez uma nova mudança, para São Paulo. Foi onde assumiu um cargo de funcionário público no Departamento de Águas e Energia Elétrica e desapareceu, aos 26 anos.

A Ordem dos Advogados do Brasil não se pronuncia sobre notícias falsas. No entanto, diante das afirmações do presidente Bolsonaro sobre Fernando Santa Cruz, a entidade divulgou nota de repúdio.

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