Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2017
O Brasil atingiu 241 milhões de linhas móveis em operação em setembro, o que representa uma redução de 9,96 milhões (3,97%), comparado há um ano. Os dados fazem parte de levantamento divulgado na sexta-feira pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Em 12 meses, as maiores quedas, respectivamente, foram na Oi, de 4,45 milhões de linhas (9,6%); seguida pela TIM, com 3,85 milhões (6%); Claro, 3 milhões (4,9%); e Sercomtel, 69,8 mil (3,2%).
Na outra ponta, o maior crescimento foi da Vivo, com mais de 1,067 milhão de novas unidades em operação (1,45%). Já em termos percentuais, a Datora liderou o avanço (113,88%), com mais 101,84 mil linhas. A Porto Seguro registrou aumento de mais 190,78 mil linhas (49,17%). A Nextel teve variação positiva, com 111,98 mil novas linhas móveis (4,46%).
O telefone pré-pago continua o ritmo de declínio. Em um ano, perdeu 18 milhões de linhas (10,38%). Parte dos donos desses celulares foram para o pós-pago, que ganhou 8,14 milhões de linhas (10,64%).
O uso exclusivo de dados em rede 3G (sem voz) caiu mais de 30% em um ano, o equivalente a 1,45 milhão de linhas.
As linhas exclusivamente de dados em 4G, com a tecnologia LTE, tiveram adição de 42 milhões de unidades (85%) em setembro, na comparação anual.
Em relação à telefonia fixa, o Brasil registrou redução de 1,24 milhão de linhas em agosto, comparado há um ano, segundo dados da Anatel. O total de linhas em operação atingiu 41,2 milhões em agosto.
Em 12 meses, houve redução de linhas para todas as companhias. As autorizadas perderam 211,6 mil linhas (1,22%) e as concessionárias recuaram 1,04 milhão (4,13%).
Entre as autorizadas, a maior queda em um ano foi da Claro Brasil (433,79 mil linhas); do lado das concessionárias, os maiores recuos foram da Oi (740 mil linhas) e da Vivo (324,6 mil).
Oi
Os movimentos do empresário Nelson Tanure, do fundo Société Mondiale, para aumentar seu controle na operadora Oi no fim de semana foram entendidos como uma afronta à atual posição do governo.
Tanure nomeou dois diretores estatutários para aprovar decisões estratégicas da companhia e conseguiu que o conselho aprovasse uma nova versão do plano de apoio de recuperação judicial da operadora. O presidente da Anatel, Juarez Quadros, disse ver com preocupação as iniciativas e que o conselho diretor está “avaliando” o que fazer. A agência prepara “em sigilo total” uma reação às medidas
O governo tem evitado adotar iniciativas que signifiquem assumir a gestão da Oi, devido às repercussões, inclusive internacionais, que uma medida como essa poderia ter, com potencial para prejudicar a percepção de risco regulatório do País.
O governo abre a semana com uma intensa agenda de trabalho para destravar a recuperação judicial da Oi. A ministra da Advocacia-Geral da União Grace Mendonça se reuniu nesta segunda-feira (6) com integrantes do governo e da operadora que estão envolvidos diretamente nas negociações do plano de recuperação que será submetido à assembleia de credores na sexta-feira (10). A concessionária de telefonia fixa está em recuperação judicial, mergulhada em R$ 64 bilhões de dívida.