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Mundo O papa elogiou a liberdade de uma criança surda que subiu no palco para brincar durante uma audiência no Vaticano

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A guarda do Vaticano deixou o garoto correr ao redor de Francisco. (Foto: Reprodução)

O papa Francisco elogiou a liberdade de uma criança surda que subiu no palco para brincar durante a audiência geral do pontífice nesta quarta-feira (28) no Vaticano. A guarda do Vaticano deixou o garoto correr ao redor de Francisco enquanto os monsenhores liam as lições de catecismo em vários idiomas na sala de audiências.

Quando assumiu o microfone, o papa explicou em espanhol à multidão que o menino tem deficiência auditiva e de fala. “Mas ele sabe se comunicar, se expressar”, disse. E acrescentou: “E ele tem algo que me fez pensar. Ele é livre. Indisciplinadamente livre, mas ele é livre. Isso me fez pensar: ‘Serei eu tão livre diante de Deus?’”. Após os aplausos da plateia, Francisco rezou pelo garoto.

Mulheres

No início do mês, o papa Francisco pediu uma maior presença de mulheres “nos diferentes campos de responsabilidade da vida da Igreja em particular, e não só no campo cultural”. O pedido foi feito durante a cerimônia de entrega dos prêmios Joseph Ratzinger.

Ao entregar o prêmio dado pela Fundação do Vaticano, que leva o nome do papa Emérito Bento XVI, à teóloga Anne-Marie Pelletier, Francisco ressaltou a importância “do reconhecimento cada vez maior da contribuição das mulheres no campo da pesquisa teológica científica e do ensino da teologia, considerados durante muito tempo territórios quase exclusivos do clero”.

Francisco acrescentou que é necessário que “esta contribuição seja estimulada e que encontre um espaço mais amplo, coerente com o crescimento da presença feminina nos diferentes campos de responsabilidade da vida da Igreja em particular, e não só no campo cultural”.

“Desde que Paulo VI proclamou Teresa de Ávila e Catarina de Siena doutoras da Igreja, não resta dúvidas de que as mulheres podem alcançar os lugares mais altos na inteligência da fé”, disse o papa.

Ele lembrou que também “João Paulo II e Bento XVI incluíram na série de doutores os nomes de outras mulheres, como Santa Teresa de Lisieux e Hildegarda de Bingen”. O prêmio Ratzinger também foi entregue ao arquiteto Mario Botta.

O papa explicou que o compromisso do arquiteto é “de altíssimo valor e deve ser reconhecido e encorajado pela Igreja” sobretudo quando “se arrisca ao esquecimento da dimensão espiritual e à desumanização dos espaços urbanos”.

Pedofilia

Acuado por uma nova onda de denúncias sobre casos de abuso sexual na Igreja Católica, o papa Francisco decidiu nomear um dos mais respeitados juristas a enfrentar o problema para um posto-chave do Vaticano.

Nascido no Canadá e atual arcebispo de Malta, Charles Jude Scicluna é o novo secretário-adjunto da CDF (Congregação Para a Doutrina da Fé), órgão responsável por garantir a pureza doutrinária do catolicismo – e também por punir sacerdotes pedófilos ou que cometem outros delitos de natureza sexual.

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