O papa Francisco lavou os pés de um presidiário brasileiro na Penitenciária de Velletri, nos arredores de Roma, em um dos ritos mais tradicionais da Semana Santa, na manhã desta quinta-feira (18).
O pontífice chegou à cadeia por volta de 11h30min (horário local) e celebrou a homilia “In coena Domini”, a missa de Lava-Pés, para os detentos que cumprem pena no local. Ao longo da cerimônia, ele lavou e beijou os pés de 12 presidiários: nove italianos, um brasileiro, um marfinense e um marroquino.
“O bispo não é o mais importante, deve ser o maior servidor, e cada um de nós deve ser servidor dos outros. Fiquem atentos, os líderes das nações dominam, mas entre vocês não deve ser assim.
O maior deve servir ao menor. Quem se sente maior deve ser servidor”, afirmou Francisco em sua homilia.
Essa foi a quinta vez que Jorge Bergoglio realizou a missa de Lava-Pés em uma penitenciária desde o início de seu pontificado.
Na noite de sábado (20), o papa fará a vigília pascal na Basílica de São Pedro; já no domingo (21), ele pronunciará a mensagem “Urbi et Orbi”, na qual aborda as principais crises da atualidade.
Ayrton Senna
O papa Francisco recebeu na quarta-feira (17), no Vaticano, uma escultura em bronze de Ayrton Senna, confeccionada por Paula Senna Lalli, artista plástica sobrinha do piloto. Além da obra, Paula também presenteou o papa com um capacete de seu tio.
“Foi um dia emocionante. É uma honra poder vir ao Vaticano, encontrar com o Papa na semana da Páscoa e entregar uma obra tão especial. Ele agradeceu e elogiou”, disse Bianca.
A ação faz parte de uma das homenagem a Senna em 2019, ano em que a morte do tricampeão de F1 completa 25 anos. A escultura teve processo de criação e execução iniciados em 2016, quando a mãe do piloto, Neyde Senna, fez a encomenda pessoal à neta.
A obra foi exibida pela primeira vez durante o encontro de Bianca com o Papa e agora pertence ao acervo do Vaticano.
Notre-Dame
O papa Francisco expressou na quarta seu agradecimento aos bombeiros que arriscaram suas vidas para salvar a catedral de Notre-Dame, em Paris (França), em nome de toda a Igreja Católica. “A gratidão de toda a Igreja vai para os que fizeram tudo o que podiam, até arriscando suas vidas, para salvar a catedral”, afirmou o pontífice durante a audiência semanal com milhares de fiéis na praça de São Pedro.
“Que a Virgem Maria abençoe e apoie o trabalho de reconstrução. Que isso possa ser uma obra coral, para o louvor e glória de Deus”, acrescentou Francisco.
O papa também expressou “sua grande afeição” e sua “proximidade” com a comunidade diocesana, todos os parisienses e toda a população francesa após o incêndio. “Eu estou muito triste e me sinto muito próximo de todos vocês”, disse o sumo pontífice.