Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2020
O governo paraguaio proibiu as viagens de carro pelo país, para reduzir as chances de proliferação do novo coronavírus no país vizinho. Lá são 64 casos confirmados e três mortes. Todos são na região central e a intenção com a nova proibição é evitar que quem esteja contaminado leve o vírus a outros locais. Militares vão fazer a fiscalização.
O país está com diversas medidas restritivas de circulação de pessoas. Na fronteira com o Brasil, nas vizinhas Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, há pneus, tambores plásticos e arame farpado para impedir a passagem de pessoas. Na região de Paranhos, os moradores fizeram valas para que ninguém passe.
O Paraguai está em quarentena e desde 16 de março fecha as fronteiras. O país estendeu para até 12 de abril o isolamento total da população. A medida foi tomada pelo governo paraguaio no último sábado (27), quando terminaria o prazo.
O governo do Paraguai informou que a decisão de estender o isolamento foi tomada após conversas com vários setores e pede “mais um esforço de todos”.
Adiamento das eleições
O Senado do Paraguai aprovou nesta quarta-feira (1º) o projeto que adia as eleições municipais previstas para 8 de novembro de 2020 e prorroga por até um ano os mandatos dos atuais intendentes (prefeitos) e consejales (vereadores). O país vizinho tem quase 500 quilômetros de fronteira com Mato Grosso do Sul e cidades separadas apenas por uma rua de municípios sul-mato-grossenses, como Pedro Juan Caballero, Ypejhú, Pindoty Porã e Salto del Guairá.
Aprovado em sessão extraordinária, o projeto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados e foi votado por causa da pandemia do novo coronavírus declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Em quarentena total até o dia 12 deste mês, o Paraguai tinha 69 casos confirmados de Covid-19 até esta quarta, mas teme a proliferação da doença e um colapso no sistema de saúde.
O projeto aprovado pelos senadores alterando o artigo 154 do Código Eleitoral também adia as convenções partidárias, previstas para 12 de julho deste ano. Se a medida for aprovada pelos deputados, os mandatos dos futuros prefeitos e vereadores paraguaios serão encolhidos de cinco para quatro anos – vão de 2021 a 2025.
“Vamos suspender as eleições internas dos partidos e as eleições municipais até a OMS declarar o fim da pandemia”, afirmou o senador Juan Darío Monges. Já o senador liberal Enrique Salyn Buzarquis foi contra o adiamento e considerou a decisão precipitada.