Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de janeiro de 2019
A prisão e liberação no fim de semana do presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, deputado federal Juan Guaidó, deve gerar uma série de reações no Parlamento venezuelano. A Assembleia Nacional convocou para esta terça-feira (15) uma sessão para discutir a formalização da declaração de “usurpação da Presidência da República” .
A declaração faz menção indireta ao governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. O texto recomenda ainda um acordo internacional para ajuda humanitária no país. A crise na Venezuela se agravou nos últimos meses.
Guaidó, um dos principais líderes da oposição, comanda o debate. A disposição é para discutir declaração para, em seguida, declará-lo presidente da República. O documento prevê a anistia para os militares que contribuírem “para a defesa” da Carta Magna da Venezuela.
Na sua conta no Twitter, Guaidó agradeceu ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que telefonou para ele prestando solidariedade pela prisão e, depois, libertação. “Agradeço ao deputado Bolsonaro [Eduardo], que expressou seu compromisso com os venezuelanos de respaldar nossa luta pela democracia.”
Para o Brasil, o segundo mandato de Maduro não é legítimo, a Assembleia Nacional Constituinte deve assumir o poder com a incumbência de promover novas eleições.
Detido e liberado
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, do partido de oposição ao presidente Nicolás Maduro, foi detido no sábado (13) supostamente por agentes do serviço de inteligência venezuelana. A informação foi divulgada por sua esposa, Fabiana Rosales, e por parlamentares da oposição, por meio da rede social Twitter.
Ele foi liberado logo em seguida e seguiu para um evento na cidade de Vargas, onde era esperado.
O carro onde estava foi interceptado em uma rodovia. Na conta oficial da Assembleia Nacional no Twitter, há um vídeo que corresponderia ao momento da detenção.
Maduro tomou posse na quinta-feira (10) para mais um mandato que irá até 2025. Ele conta com o respaldo das Forças Armadas e da Suprema Corte. Porém, sofre resistência interna da Assembleia Nacional que é comandada pela oposição. Na sexta-feira (11), em evento público em Caracas e em postagens nas redes sociais, Guaidó defendeu o estabelecimento de um governo de transição e novas eleições no país.
Grupo de Lima condena prisão
O Grupo de Lima, formado pelo Brasil e mais 13 países, condenou, ainda no sábado (13) a detenção, por alguns minutos, do presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Juan Guaidó. Líder da oposição ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Guaidó convocou novas eleições e disse considerar ilegítimo o segundo mandato presidencial.
Em nota conjunta, 13 dos 14 integrantes do Grupo de Lima rechaçaram a detenção de Guaidó. Apenas o México não assinou a declaração.