Sexta-feira, 21 de março de 2025
Por Redação O Sul | 20 de março de 2025
O deputado Filipe Barros (PL-PR) foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, após um acordo entre líderes de bancadas que concedeu ao seu partido o comando desse colegiado. O PL inicialmente pretendia indicar Eduardo Bolsonaro (SP) para o cargo, mas o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro se licenciou do cargo na Câmara para viver nos Estados Unidos, o que abriu espaço para a escolha de Barros.
Filipe Barros substitui Lucas Redecker (PSDB-RS) na presidência da comissão. Durante seu discurso de posse, o deputado do PL fez críticas ao cenário político atual, afirmando que o seu grupo político, representado pela direita, foi “escolhido para ser eliminado da vida pública”. “A despeito de combate de um suposto extremismo, se pratica o pior extremismo de todos, o da coerção estatal e o da judicialização da política”, declarou Barros, ressaltando o que considera uma contradição nas ações do governo.
O parlamentar também fez questão de expressar suas “condolências” a Eduardo Bolsonaro e, em seguida, se referiu ao ex-presidente Jair Bolsonaro como “o maior líder” do Brasil. Barros enfatizou o papel da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional como uma “trincheira” na luta pela “verdadeira soberania” do País e pelas liberdades individuais, destacando a importância de restaurar a democracia. “Temos inúmeros casos de interferência indevida na nossa democracia”, disse ele, deixando claro seu posicionamento em defesa de um Brasil mais independente das influências externas e do que ele considera uma judicialização da política.
A Câmara dos Deputados também definiu quais partidos comandariam as 30 comissões permanentes. O PL ficou com cinco dessas comissões, o maior número entre as legendas, e teve a oportunidade de escolher os dois colegiados mais estratégicos para o partido. A sigla optou por comandar as comissões de Relações Exteriores e Saúde. A comissão de Saúde, em particular, é de grande importância por ser responsável pela gestão de emendas parlamentares, com um orçamento de R$ 4,5 bilhões em 2024.
Além disso, conforme acordo firmado pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e mantido por seu sucessor, Hugo Motta (Republicanos-PB), o União Brasil ficará com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o colegiado mais relevante da Casa. Já a federação formada pelo PT, PCdoB e PV assumiu quatro comissões importantes: Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação, Direitos Humanos e Cultura. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)