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“O pássaro foi libertado”, diz Elon Musk após comprar o Twitter

Após comprar a rede social por US$ 44 bilhões, Musk demitiu presidente e diretores da empresa. (Foto: Reprodução)

“O pássaro foi libertado”, publicou o empresário sul-africano Elon Musk em sua conta no Twitter, após concluir a compra da rede social. O símbolo do Twitter é um pássaro azul. O Twitter foi comprado por US$ 44 bilhões (R$ 235 bilhões), segundo a agência Reuters, após seis meses de negociações bastante conturbadas.

Ainda segundo a agência de notícias, Musk demitiu o presidente-executivo da rede social, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.

Anteriormente, o empresário os acusou de enganar ele e investidores da plataforma sobre o número de contas falsas na mídia social.

A Reuters reportou que, de acordo com fontes que estavam no local, Agrawal e Segal estavam na sede do Twitter em São Francisco, nos Estados Unidos, quando a transação foi concluída. Ambos foram escoltados para fora. Até agora, nenhum deles se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

Agrawal e Gadde não tinham se pronunciado até a manhã desta sexta. Segal postou em seu perfil no Twitter que completou 5 anos na empresa na última quinta: “Estou grato pela oportunidade de ter trabalhado com um grupo tão incrível de pessoas construindo essa praça mundial para todos os nossos acionistas”, escreveu. “O trabalho não está completo, mas fizemos um progresso significativo.”

“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum”, disse Musk, em uma postagem em sua conta pessoal direcionada aos anunciantes, ainda na quinta.

“Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade.”

No entanto, Musk não deu detalhes sobre como ele vai fazer tudo isso e quem vai administrar a empresa. O sul-africano também disse que planeja cortar empregos e que não comprou o Twitter para ganhar mais dinheiro, mas “para tentar ajudar a humanidade, a quem eu amo”.

Histórico das negociações

O bilionário anunciou a compra da rede social em abril deste ano e, em menos de três meses, chegou a recuar, alegando que não tinha sido informado corretamente sobre a quantidade de contas falsas e de spam na plataforma.

A rede social, por sua vez, afirmou que seguiu o que estava previsto e que Musk foi quem descumpriu o acordo.

O episódio deu início a uma batalha judicial entre o Twitter e o bilionário, que terminou no início de outubro, quando Musk voltou atrás e aceitou comprar o Twitter por cerca de US$ 44 bilhões, valor oferecido por ele mesmo em abril.

Depois que jornais revelaram que o empresário decidiu retomar a negociação, Musk afirmou na rede social que “comprar o Twitter é um acelerador para criar o X, o aplicativo de tudo”, em referência ao que seria uma nova plataforma criada por ele.

“O Twitter provavelmente acelera o X em 3 a 5 anos, mas posso estar errado”, publicou.

A juíza Kathaleen McCormick, que analisa o processo, determinou que Musk tinha até esta sexta-feira (28) às 17h no horário local (18h no horário de Brasília) para encontrar financiamento e retomar o negócio.

Se a negociação não fosse concluída nesse prazo, um julgamento poderia ser marcado para novembro. Porém, na última quarta, Musk apareceu na sede do Twitter carregando uma pia.

Segundo ele, era uma alusão à expressão “let that sink in” – “sink” significa pia em inglês. A expressão não tem uma tradução direta para o português e significa algo como “deixar a ficha cair”.

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