Domingo, 09 de março de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
28°
Thunder in the Vicinity

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O pedido do general Tomás a Lula, e os mísseis de nova geração que devem ser comprados pelo Exército

Compartilhe esta notícia:

Projeto de míssil naval Mansup. (Foto: Divulgação/Siatt)

O Brasil está preparando a sua primeira geração de míssil anticarro fire and forget (atire e esqueça). Trata-se da versão 4 do MSS 1.2 AC, da Siatt, que deve equipar, a partir de 2027, as novas companhias anticarros do Exército brasileiro. Atualmente, a Força Terrestre tem cerca de uma centena de MSS 1.2, que estão equipando o 18.º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Boa Vista, unidade que foi reforçada para enfrentar a ameaça de uma invasão venezuelana.

Atualmente o míssil da Siatt, responsável ainda pela fabricação do míssil antinavio Mansup, da Marinha, emprega o sistema de guia óptico até o alvo chamado beam-rider no qual o operador é responsável por fazer o trabalho de mira por meio de feixe laser invisível e codificado para que o MSS 1.2 chegue até o carro de combate inimigo. Seu alcance atual é de 2 mil metros.

Uma terceira versão, o MSS 1.3 AC, com alcance de 3 mil metros deve ficar pronta em 2025. E, finalmente, a versão do tipo fire and forget – a quarta – deve estar à disposição do Exército em 2027. Ele deve ter um alcance útil de 4 mil metros. O míssil poderá ser disparado a partir de viaturas blindadas multitarefas leves sobre rodas Guaicurus, fabricadas pela Iveco Defense Vehicles (IDV) – em julho, a Força Terrestre assinou um contrato de R$ 1,4 bilhão com a IDV para a compra de 420 Guaicurus nos próximos dez anos.

O sistema fire and forget prescinde da atuação do atirador depois do disparo e já é adotado pelo americano Javelin e pelo israelense Spike, fabricado pela Rafael – em junho, o Brasil recebeu com um ano e meio de atraso uma centena de Spikes LR 2, que haviam sido comprados em 2022. São os Spike e a versão 2 do MSS, a 1.2 AC, que vão equipar a primeira companhia anticarro montada pelo Exército.

Sua sede será em Barueri, na Grande São Paulo – ela deve ser inaugurada no dia 11 de dezembro sob os olhares do comandante militar do Sudeste, general Guido Amin Naves, e do comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro de Paiva. Cada pelotão da companhia, que será agregada à 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, deverá contar com quatro lançadores de mísseis cada um.

A decisão de posicionar a primeira companhia em Barueri se deve à logística. A tropa poderia ser mais facilmente mobilizada e transportada por um KC-390 para qualquer parte do País a partir dos aeroportos e bases da região do Comando Militar do Sudeste. Para um integrante do Alto Comando do Exército, a manutenção do equipamento também é mais fácil do que se ele ficasse baseado na região Amazônica.

A Siatt estima que deve vender mais 150 mísseis para o Exército brasileiro – o Grupo Edge, dos Emirados Árabes Unidos, que adquiriu 50% da Siatt, em 2023, acredita ainda que míssil anticarro brasileiro tenha ainda mercado no Leste Europeu e na África. É aí que entrariam as novas versões planejadas pela empresa e aguardadas pela Força Terrestre.

Questões legais

Há ainda outras questões legais, pois o projeto do MTC é do Exército e a venda da empresa para estrangeiros poderia suscitar problemas ligados à propriedade intelectual do míssil. Há 15 dias, o Estado-Maior do Exército passou a apostar em uma “solução nacional” para a Avibras. Caso a empresa naufrague, há uma alternativa para o míssil de cruzeiro. A saída pode ser aproveitar o projeto do Mansup, da Marinha.

As possibilidades de desenvolvimento da base industrial de defesa com a injeção de capital estrangeiro em empresas que cuidam de projetos das Forças pode ser uma das alternativas para a conclusão e aquisição de novos mísseis e outros equipamentos.

A falta de recurso e os cortes orçamentários que afetam os projetos, alongando seus prazos e descumprindo compromissos assumidos com o setor privado, estrangulando possibilidades de desenvolvimento econômico e científico foi o que levou o comandante da Força Terrestre, general Tomás, lembrar na cerimônia do Dia do Soldado, no quartel-general, em Brasília, no dia 22, “os efeitos das restrições orçamentárias que atingem a todos”. “Apesar disso, não nos descuidamos da imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e de mais mísseis.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Meio Ambiente: governo aprova Política Nacional de Transição Energética, entenda
OAB pede que o Supremo libere filmagens do aeroporto de Roma aos denunciados por hostilizar o ministro do Supremo Alexandre de Moraes
https://www.osul.com.br/o-pedido-do-general-tomas-a-lula-e-os-misseis-de-nova-geracao-que-devem-ser-comprados-pelo-exercito/ O pedido do general Tomás a Lula, e os mísseis de nova geração que devem ser comprados pelo Exército 2024-08-26
Deixe seu comentário
Pode te interessar