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Economia O pesadelo grande do homem mais rico do Brasil e o que esperar da recuperação judicial das Lojas Americanas

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Trio de acionistas sugeriu que as instituições não teriam se atentado ao rombo contábil. (Foto: 3G Capital)

Pouco mais de uma semana depois da divulgação de inconsistências contábeis bilionárias no seu balanço, as Lojas Americanas entrou com pedido de recuperação judicial, já aceito pela Justiça.

Será o quarto maior processo de recuperação judicial da história do País, com um valor estimado em R$ 43 bilhões em dívidas.

Além do impacto para acionistas – muitos dos quais, pessoas físicas – e credores, a recuperação judicial das Americanas deve ter grandes consequências sociais e econômicas, considerando os seus milhares de colaboradores e fornecedores, sem falar nos consumidores.

Em meio a esse verdadeiro terremoto no varejo e no mercado de capitais brasileiro, chamou a atenção o silêncio dos principais sócios da companhia – que eram os controladores até meados de 2021. Os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, acionistas de referência da Americanas, se manifestaram pela primeira vez neste domingo (22) desde que o escândalo contábil da varejista se tornou público.

Inicialmente, o trio sinalizou a possibilidade de fazer um aporte de R$ 6 bilhões na varejista, o que já foi considerado insuficiente por boa parte do mercado. E, depois disso, nada mais veio a público.

Primeira incursão dos empresários na “economia real”, a Americanas agora corre o risco de falir, prejudicando colaboradores, credores, fornecedores e acionistas minoritários.

Lemann, Telles e Sicupira não ficarão pobres por conta do escândalo, embora já tenham perdido mais de US$ 1 bilhão com a derrocada das ações da varejista. Mas dado o motivo da quebra da empresa – uma possível fraude contábil – e o histórico dos investimentos do grupo, a biografia dos admirados bilionários deve sair bastante arranhada.

“Jamais tivemos conhecimento”

Os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, acionistas de referência da Americanas, se manifestaram pela primeira vez neste domingo (22) desde que o escândalo contábil da varejista se tornou público.

Os empresários afirmaram que jamais tiveram conhecimento do rombo e que nunca admitiriam quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia.

“Nossa atuação sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal. Isso foi determinante para a posição que alcançamos em toda uma vida dedicada ao empreendedorismo, gerando empregos, construindo negócios e contribuindo para o desenvolvimento do país”, diz trecho da nota assinada pelos três acionistas.

No comunicado, o trio citou a PwC, responsável pela auditoria da varejista, e afirmou que nem instituições financeiras nem a empresa “denunciaram qualquer irregularidade”.

“Portanto, assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados da companhia, acreditávamos firmemente que tudo estava absolutamente correto.”

Eles também afirmaram que o comitê independente da companhia “terá todas as condições de apurar os fatos” e de avaliar a “eventual quebra de simetria no diálogo entre os auditores e as instituições financeiras”.

“Reafirmamos o nosso empenho em trabalhar pela recuperação da empresa, com a maior brevidade possível, focados em garantir um futuro promissor para a empresa, seus milhares de empregados, parceiros e investidores e em chegar a um bom entendimento com os credores”, finaliza o comunicado.

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