Sábado, 08 de março de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2024
O presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Roberto Campos Neto, afirmou nessa terça-feira (11) que está sendo feita uma associação com Google Pay e Apple Pay para que seja possível fazer pagamentos com PIX por aproximação, usando o telefone celular.
Em evento promovido pelo Valor Capital Group, em São Paulo, Campos Neto afirmou que uma das razões que levam as pessoas a usarem o cartão de crédito no lugar do PIX é a facilidade da ferramenta de aproximação.
Na apresentação, ele também defendeu o diálogo entre países para que se avance em uma integração global de sistemas de pagamento instantâneo.
Recorde de transações
O Banco Central informou na última sexta-feira (7) que as transações via PIX registraram um novo recorde, com 206,8 milhões de operações em um único dia. Segundo a instituição, as transações somaram R$ 90,9 bilhões. O valor também é recorde.
O total de operações superou as 201,6 milhões de transações registradas em 5 de abril de 2024 – que era o recorde anterior.
Considerando o movimento de quinta-feira (6) da última semana, acrescentou o BC, pela primeira vez foram realizados mais de 400 milhões de PIX num intervalo de 48 horas.
“Os números são mais uma demonstração da importância do PIX como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, avaliou o Banco Central.
Vazamento de dados
O BC informou nessa terça que ocorreram “incidentes de segurança” com dados pessoais vinculados a chaves PIX de pessoas com contas nas instituições de pagamento “Iugu” e “Pagcerto” em razão de “falhas pontuais em sistemas”.
Esses foram o nono e o décimo vazamento de dados de clientes por instituições financeiras e de pagamentos do PIX — sistema em tempo real desenvolvido pelo Banco Central e está em funcionamento desde novembro de 2020.
“Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, informou o BC, por meio de comunicado.
Segundo o Banco Central, as pessoas que tiveram seus dados cadastrais obtidos a partir do incidente serão notificadas por meio do aplicativo, ou pelo internet banking de sua instituição de relacionamento.
“Nem o BC nem as instituições participantes usarão quaisquer outros meios de comunicação aos usuários afetados, tais como aplicativos de mensagem, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail”, acrescentou o Banco Central.
A instituição informou, ainda, que foram adotadas “ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente”.
O Banco Central esclareceu que, no caso da Iugu, houve vazamento de dados cadastrais vinculados a 19.849 chaves PIX: nome do usuário, CPF com máscara, instituição de relacionamento, agência, número e tipo de conta, entre 21 e 27 de maio deste ano.
Já no caso da Pagcerto, foram vazados dados cadastrais vinculados a 2.197 chaves PIX: nome completo, CPF com máscara, instituição de relacionamento, número da agência, número e tipo da conta, entre 23 e 24 de abril deste ano.