Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
No próximo sábado, vão se completar os 60 dias dados pelo Supremo Tribunal Federal para que os Estados busquem acordo a fim de solucionar o impasse em torno do pagamento de suas dívidas com a União. O total se aproxima de 500 bilhões de reais. A reunião decisiva ocorre hoje em Brasília.
DESPROPORCIONAL
Mesmo que o presidente Michel Temer faça alguma concessão aos Estados, aceitando renegociar as prestações, a solução será temporária. Enquanto o governo federal continuar ficando com 67 por cento de todos os tributos arrecadados no País, Estados e municípios viverão com o pires na mão.
CAMINHO A SEGUIR
O deputado Frederico Antunes começa hoje a cobrar do governo do Estado a mesma iniciativa tomada pelo Rio de Janeiro: decretar emergência para forçar a União a abrir seu caixa. Motivos não faltam: a frustração da safra, o atraso no pagamento de salários do funcionalismo e a falta de recursos que leva à insegurança pública, entre outros.
INSUPORTÁVEL
O jurômetro aproxima-se de 150 bilhões de reais. O placar eletrônico registra o valor pago para rolar a dívida pública desde 1º de janeiro deste ano. Os banqueiros aplaudem.
MEDO
Quando entra em pauta o ajuste das despesas à capacidade de arrecadação de tributos, para reduzir o peso astronômico dos juros, a maioria dos políticos foge da raia. Dá muito trabalho e até desgaste avaliar se o dinheiro público está sendo utilizado de forma racional.
DEFININDO OS TERMOS
Sozinha, a expressão ajuste fiscal diz muito pouco. Precisa ser acompanhada por lambança fiscal a que sucessivas gestões levaram Estados e o País. Além dos efeitos internos danosos, que caracterizam improbidade administrativa, soma-se a perda do grau de investimento de empresas estrangeiras, sinônimo de desemprego.
PERDA
Cresce a indignação de pais com as escolas invadidas por minorias e a continuidade da paralisação de professores. Eles têm a certeza de que a qualidade do ensino este ano ficará comprometida. A recuperação das aulas, para cumprir a carga horária, costuma ser no atropelo e prejudicial.
COMPROVADO
O professor Roberto Campos, na década de 1970, dizia aos alunos: “No capitalismo, a taxa de corrupção está abrigada nos custos. O problema no Brasil é que a corrupção é fora dos padrões consagrados pela humanidade”.
TRANCA DE FERRO
Pela legislação eleitoral, a partir de 2 de julho ficará proibida a transferência voluntária de recursos da União aos Estados e municípios, sob pena de nulidade. A ressalva será para casos de cumprimento de obrigação formal preexistente na execução de obra ou de serviço em andamento com cronograma prefixado, além das situações de emergência e de calamidade pública.
RÁPIDAS
* Há indícios de que terminará esta semana a temporada de silêncio de Eduardo Cunha.
* Paula Mascarenhas, do PSDB, candidata à Prefeitura de Pelotas, reúne 10 partidos para apoiá-la.
* De dar inveja: na Holanda, existem duas vezes mais bicicletas do que automóveis.
* No lugar de fotos de autoridades nos gabinetes, melhor seria afixar a frase: “Uma bela consciência é o melhor dos travesseiros”
* Em alguns encontros para tratar de coligações, convém conferir, discretamente, se o cachimbo da paz não contém pólvora.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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