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Mundo O preço do barril de petróleo ficará abaixo de 40 dólares por um longo tempo se a pandemia só for controlada com vacina

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O barril do petróleo tipo Brent está sendo negociado a US$ 78,50 nesta sexta. (Foto: Divulgação/Petrobras)

Se a pandemia do novo coronavírus só conseguir ser controlada pelo surgimento de uma vacina, vai resultar na mudança do comportamento do consumo de de petróleo no mundo, que ficará cotado abaixo dos US$ 40 o barril por um longo período, com momentos abaixo dos US$ 20. O cenário consta do estudo feito pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IPB), sobre a “Retomada do setor de Óleo & Gás.

Nesse cenário, a retomada completa ocorreria somente com o surgimento de uma vacina, o que modificaria o comportamento do consumidor. Sem uma articulação dos países produtores, haveria uma redução superior a 10% no consumo de petróleo e derivados para o médio prazo e nível de estoques próximo à capacidade máxima até 2021.

De acordo com o estudo do IBP, em um cenário mais otimista, mesmo sem desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19, mas considerando que as medidas de isolamento social funcionaram, e a pandemia é controlada, acordos para queda da produção mundial de petróleo compensam a redução da demanda.

Nesse caso, os preços do petróleo poderão se recuperar para patamares entre US$ 60 e US$ 70 o barril. Assim, a redução do consumo seria inferior a 5% e os níveis dos estoques retornariam ao patamar médio já em 2021.

Apesar da recuperação de demanda por petróleo prevista para o segundo semestre deste ano, o IBP, com base em estimativas veiculadas pelos diversos agentes de mercado, avalia que os impactos da Covid-19 deverão ser sentidos no setor de óleo e gás até o fim do próximo ano, acompanhando a tendência de também de queda no consumo final de energia primária.

O IBP destaca que o consumo de petróleo pela China terá papel importante nessa fase de recuperação do setor no Brasil. No primeiro trimestre deste ano,  em meio aos impactos da pandemia, a balança comercial do setor de petróleo atingiu o maior saldo líquido em um primeiro trimestre na década.

De acordo com o estudo, maior parte desse resultado positivo na balança comercial veio da participação das importações chinesas, “com a Petrobras atingindo recorde de exportação para o país asiático em abril, o que, por sua vez, permitiu à empresa reduzir os cortes de produção anunciados para abril”, afirma o IBP.

As importações da China de petróleo do Brasil cresceram 5% no primeiro  trimestre do ano em relação a igual período no ano passado, no valor total de US$ 3,4 bilhões.

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