Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de julho de 2019
O preço médio da gasolina registrou sua sétima queda consecutiva no País, com recuo de 0,45% na semana que passou, ante a semana anterior, para 4,425 reais por litro. Os dados foram publicados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) na sexta-feira (28). As informações são da agência de notícias Reuters e da ANP.
A gasolina também teve preços reduzidos por duas vezes neste mês pela Petrobras nas refinarias, em 7,16% a partir de 1º de junho e em 3,03% em 11 de junho.
Por sua vez, o preço médio do diesel nos postos do Brasil caiu na mesma semana pela quinta vez consecutiva, após dois grandes cortes realizados pela Petrobras nas refinarias ao longo deste mês, apontaram os dados da ANP.
Na semana passada, o preço médio do diesel – combustível mais consumido no Brasil – nos postos recuou 0,5% ante a semana passada, para 3,57 reais por litro.
A Petrobras reduziu em 6% o preço médio do diesel nas refinarias em 1º de junho e cortou novamente a cotação do combustível fóssil em 4,6% em 13 de junho.
Já o etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, recuou 0,9% nesta semana, ante a semana anterior, para 2,778 reais por litro.
O repasse das variações de preços da Petrobras para os consumidores finais depende de uma série de variáveis, como impostos, margens das distribuidoras e revendedoras, além de mistura obrigatória de biodiesel.
A Petrobras diminuiu o ritmo de reajustes de preços dos combustíveis neste ano, após a histórica greve de caminhoneiros no ano passado contra os altos preços do diesel.
Mas a empresa vem defendendo que sua política segue os preços no mercado internacional, com base em indicadores como o preço do barril do petróleo e o dólar.
Política de preços
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, participou, no último dia 26, de Audiência Pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal para debater a política de preços dos combustíveis pela Petrobras, suas consequências na atração de investimentos em refino e infraestrutura logística e impacto para os consumidores.
“Quando nós falamos de preços de combustíveis, precisamos olhar três fatores que compõem os preços na bomba. E a gente tem falado muito dos preços da Petrobras, dos preços do combustível em si: da gasolina, do diesel, do gás de cozinha. Mas o preço final na bomba é composto do preço do combustível (que é uma commodity), das margens de distribuição e revenda e dos impostos. Se não olharmos essa cadeia de forma integrada, não vamos conseguir entender claramente como os preços são formados e como variam até chegar ao consumidor”, disse Oddone na ocasião.