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Brasil O presidente da Câmara dos Deputados diz que a proibição do aborto em casos de estupro “não vai passar” na Casa

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Rodrigo Maia usou as redes sociais para se manifestar. (Foto: Lula Marques/AGPT)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu no Facebook que a proibição do aborto em casos de estupro “não vai passar” na Casa. Na quarta-feira (08), causou polêmica a aprovação, em uma comissão especial da Casa, do texto-base de um projeto que prevê incluir na Constituição a garantia do direito à vida “desde a concepção”.

Na prática, a proposta proíbe qualquer forma de aborto, mesmo aquelas previstas atualmente na legislação. “Proibir aborto no caso de estupro não vai passar na Câmara”, escreveu Maia na rede social. Hoje a prática do aborto não é punida quando a gravidez seja resultado de um estupro, caso haja risco para a vida da mulher ou no caso de fetos anéncefalos, deficiência que inviabiliza a vida do bebê após o nascimento.

A criação da comissão especial que debate o tema foi uma reação da Câmara a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que considerou que a interrupção da gravidez até o terceiro mês de gestação não configura crime. No mesmo dia, o presidente da Câmara anunciou a criação da comissão, argumentando que “toda vez que nós entendêssemos que o Supremo legisla no lugar da Câmara dos Deputados, do Congresso Nacional, deveríamos responder ou ratificando ou retificando a decisão do Supremo”.

Comissão

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a ampliação da licença maternidade em caso de bebê prematuro aprovou na quarta-feira (08), por 19 votos a 1, o texto principal da proposta que, além de aumentar o período de afastamento da mãe de 120 dias para até 240 dias, insere na Constituição a proibição de todas as formas de aborto no País.

Ao examinar duas propostas de emenda à Constituição que tratam da licença maternidade – PEC 181/15, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), e PEC 58/11, do deputado Dr. Jorge Silva (PHS-ES) –, o relator do colegiado, deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), optou por um novo texto.

Nele, Mudalen estabelece que o princípio da dignidade da pessoa humana e a garantia de inviolabilidade do direito à vida, ambos já previstos na Constituição, deverão ser respeitados desde a concepção – ou seja, do momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide –, e não apenas após o nascimento. “Isso significa que nós somos favoráveis à vida”, disse. Segundo ele, o Código Penal não é alterado pela proposta.

Durante as quase quatro horas de discussão na quarta-feira, deputados da oposição tentaram adiar a votação da proposta. A deputada Erika Kokay (PT-DF) apresentou questão de ordem argumentando que o parecer de Mudalen trata de tema estranho à proposta original.

O presidente da comissão especial, Evandro Gussi (PV-SP), decidiu que o relator pode incluir ponto que não estava na PEC original desde que guarde relação com o tema. Segundo ele, se o plenário da comissão entendesse que o parecer extrapola o tema, deveria se manifestar contrariamente por meio do voto.

 

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