Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2019
O presidente do BB (Banco do Brasil), Rubem Alves, afirmou que vê espaço para reduzir a estrutura da instituição financeira, mas ainda não há um plano do que poderá ser cortado. Neste ano, já foram fechadas 419 agências e mais de 2 mil pessoas saíram no programa de demissão voluntária.
“Estou convencido de que há espaço para um certo grau de enxugamento do banco, mas ainda não temos nada definido”, disse a jornalistas, durante conferência dos resultados do terceiro trimestre.
Em 2019, foram fechadas 419 agências do banco em todo o País. O número de postos de atendimento – que normalmente ficam dentro de empresas – passou de 1.873 no final de 2018 para 2.089. Para 2020, o banco informou que não pretende fechar um número “relevante” de agências.
Para Novaes, o que está sendo feito é apenas uma adequação ao novo mercado, que demanda menos pessoas nos pontos físicos.
“O que temos feito é reduzir a classificação das agências, trabalhando com mais postos de atendimento. Só estamos adequando o tamanho ao novo mercado”, justificou.
O BB registrou no terceiro trimestre de 2019 um lucro líquido de R$ 4,256 bilhões, um crescimento de 34% na comparação com igual período do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, o lucro chegou a R$ 12,468 bilhões, alta de 37,6%. Já o resultado ajustado, que exclui eventos extraordinários, foi de R$ 4,543 bilhões no trimestre (+33,5%) e de R$ 13,222 bilhões no acumulado de 2019 (36,8%).
Os ganhos com clientes e o controle de despesas contribuíram para o resultado. No entendo, o crédito do banco praticamente não cresceu. Em 12 meses, houve uma queda de 0,7%, para R$ 686,7 bilhões.
Ainda no sentido de se adequar à nova realidade, de aumento das operações em ambientes digitais e menor uso de agências, o banco contou com 2.367 adesões ao plano de demissões voluntárias realizado neste ano.
Na noite de quarta-feira (6), BB e o UBS anunciaram uma parceira (joint venture) para a atuação na área de banco de investimentos. A expectativa é que o negócio receba a aprovação dos órgãos reguladores entre seis e nove meses.
“Vamos montar um time de integração para avançar no que for possível até o “closing” dessa parceria”, disse Sylvia Coutinho, presidente do UBS Brasil.
Entre exemplo do que pode ser feito, está a escolha das equipes e processos que serão adotados. Não há estimativa do quanto essa parceria deverá atingir em receitas, mas Novaes afirmou que o objetivo é chegar a liderança de mercado.
“O objetivo é estar no topo”, afirmou.
Em 2018, o BB ocupa a primeira colocação no ranking de emissão de ações, segundo em fundos imobiliários e de direitos creditórios, terceiro em emissões no exterior e quarto em renda fixa.