Na primeira vez em que seu nome aparece associado de modo explícito ao escândalo de Stormy Daniels, Donald Trump ameaça a atriz pornô que alega ter tido um caso com ele que o fato de ela ter violado um acordo de confidencialidade pode ser punido por multas de até US$ 20 milhões (R$ 65,6 milhões).
Há dois anos, advogados do presidente americano fecharam um acordo com Stephanie Clifford, nome real de Stormy, em que pagariam US$ 130 mil por seu silêncio a respeito de seu suposto affair com Trump. Mas desde que o caso explodiu, e com a possibilidade de uma entrevista com a atriz ir ao ar na televisão, a equipe jurídica de Trump agora se movimenta para abafar o caso.
Quando Clifford decidiu processar o presidente para anular o acordo firmado em 2016, Trump contra-atacou tentando mudar o lugar do julgamento, levando o caso que começou num tribunal de Los Angeles para um tribunal federal, também com a tentativa de tirar a história dos holofotes.
O pedido de transferência do caso, no entanto, acabou expondo Trump, que até agora havia delegado a briga com Stormy Daniels a seu advogado. Ele também contratou Charles Harder, o advogado que defendeu Hulk Hogan num processo vitorioso contra o site de fofocas Gawker, que vazou um vídeo explícito do lutador.
Audiência
A audiência da ação judicial que a atriz pornográfica Stormy Daniels, apresentou contra o presidente norte-americano Donald Trump foi marcada para o dia 12 de julho. A informação consta em documentos judiciais publicados pela imprensa do país.
Nesta data, um tribunal de Los Angeles, no Estado da Califórnia, examinará o recurso por meio do qual Stormy busca invalidar um acordo de confidencialidade sobre a suposta relação extraconjugal que manteve com Trump. O relacionamento entre ambos teria ocorrido entre meados de 2006 e o início de 2007, quando o bilionário Trump ainda não comandava o País, já era casado com Melania e o seu filho mais novo (Barron) era recém-nascido.
O advogado Michael Avenatti apresentou a ação em nome da atriz. Com esse processo, ele pretende anular a combinação formal que a sua cliente assinou no final de outubro do ano passado com o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, dias antes da eleição de novembro de 2016, que deu ao líder republicano a vitória sobre a senadora democrata Hillary Clinton na corrida à Casa Branca.
Segundo a ação, esse acordo de confidencialidade não é válido, porque não conta com a assinatura do próprio Trump. E apesar da existência do acerto, a Casa Branca nega que tenha havido qualquer encontro sexual entre a bela e a fera – em 2006, ela tinha 26 anos e ele 59 anos.
O advogado de Stormy Daniels propôs devolver os US$ 130 mil (R$ 424 mil) que ela recebeu no acordo de confidencialidade para não divulgar detalhes do suposto “affair”. Segundo notícia da rede de TV CNN, Michael Avenatti enviou um carta com a oferta ao advogado pessoal de Trump.