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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifa de 25% sobre a importação de produtos chineses que “contenham tecnologias muito importantes no plano industrial”

"Fabriquem eles aqui!”, escreveu Trump em sua conta no Twitter. (Foto: Divulgação)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (15) a imposição de tarifas de 25% sobre US$ 50 milhões em importações de produtos chineses que “contenham tecnologias muito importantes no plano industrial” e prometeu impor mais taxas se a China adotar medidas retaliatórias.

“Minha relação formidável com o presidente Xi, da China, e o relacionamento de nosso país com a China é importante para mim, no entanto, o comércio entre nossas nações é muito desigual, há muito tempo”, disse Trump em um comunicado.

Ele afirmou que a lista inclui bens do plano estratégico chinês “Feito na China 2025” para dominar indústrias de alta tecnologia que “levará crescimento econômico futuro para a China, mas prejudicará o crescimento econômico para os Estados Unidos e muitos outros países”.

Ao todo, a lista de produtos tarifados incluiria 284 itens. O presidente também alertou que os Estados Unidos vão impor novas tarifas se a China adotar medidas de retaliação, como novas tarifas sobre produtos americanos, serviços ou produtos agrícolas.

Acusação

A promotoria do Estado norte-americano de Nova York entrou com um processo na quinta-feira (14) contra a Fundação Trump e seus diretores – Donald Trump e seus filhos Eric, Ivanka e Donald Trump Jr. – por violarem leis estaduais e federais sobre organizações sem fins lucrativos. As informações são da emissora internacional de notícias da Alemanha Deutsche Welle e da agência de notícias Reuters.

Segundo a ação, Trump e sua família utilizaram a fundação beneficente de forma ilegal para fins de benefício próprio, inclusive durante a campanha do republicano à presidência da República em 2016. “A Fundação Trump funcionava como uma espécie de talão de cheques para pagar as despesas de Trump e de suas empresas através de organizações sem fins lucrativos”, afirmou a procuradora-geral do Estado de Nova York, Barbara Underwood.

O processo solicita o fechamento da Fundação Trump, a restituição de 2,8 milhões de dólares e a proibição ao presidente, por dez anos, e a seus três filhos, por um ano, de assumirem papéis de liderança em instituições beneficentes no estado de Nova York.

Eric, Ivanka e Trump Jr. ingressaram no conselho da fundação em 2006, embora a irmã tenha deixado o posto em 2017 para trabalhar como assessora do pai na Casa Branca. A ação derivou de uma investigação promovida pela promotoria durante quase dois anos. Segundo Underwood, as apurações revelaram que o presidente usou ativos da fundação para pagar seus advogados, promover seus hotéis e empresas e comprar artigos pessoais.

O processo menciona ainda “uma extensa articulação política ilegal” promovida pela fundação em torno da campanha presidencial do republicano, além da prática “repetida e intencional” de transações entre empresas do mesmo grupo, a fim de beneficiar interesses pessoais, comerciais e políticos de Trump.

Entre as transações que o processo descreve como ilegais está um pagamento de 10 mil dólares à Fundação Unicorn Children, por um retrato de Trump que foi arrematado em um leilão de arrecadação de fundos em 2014. Segundo o jornal The Washington Post, a obra acabaria decorando uma parede do resort Trump National Doral, em Miami.

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