O presidente Jair Bolsonaro informou pelo Twitter que os patrocínios concedidos pela Petrobras estão sendo revistos. “Para maior transparência e melhor empregabilidade do dinheiro público, informamos que todos os patrocínios da Petrobras estão sob revisão, objetivando enfoque principal dos recursos para a educação infantil e manutenção do empregado à Orquestra Petrobras”, escreveu o presidente.
Bolsonaro permanece internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, mas pode receber alta ainda esta semana. O presidente mantém boa evolução clínica, está afebril, sem dor abdominal e com o quadro pulmonar em resolução. Ele permanece uma dieta leve e com suplemento nutricional. Bolsonaro está internado desde o dia 27 de janeiro, para a retirada a bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal.
Em um contraponto a seus antecessores no Palácio do Planalto, que utilizavam o aplicativo de mensagens com pouca frequência, Bolsonaro transformou o WhatsApp em um instrumento de comunicação presidencial.
Pelo dispositivo, ele conversa com ministros e autoridades, troca impressões sobre diferentes temas e compartilha artigos ou notícias publicados sobre o governo. O aplicativo é acessado pelo presidente de um aparelho celular comum, já que não é possível fazê-lo do telefone criptografado fornecido pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
O dispositivo, chamado TCS (Terminal de Comunicação Segura), é entregue aos mandatários do País para que eles o utilizem para tratar de assuntos de interesse público. O aparelho só permite a comunicação criptografada com outros aparelhos similares e não possibilita a instalação de aplicativos como WhatsApp, Twitter e Instagram, que são bastante acessados por Bolsonaro. O Twitter, por exemplo, é utilizado por ele para fazer anúncios oficiais.
Pelo WhatsApp, por exemplo, o governador de São Paulo, João Doria, marcou com o presidente visita feita a ele na segunda-feira (11), no hospital Albert Einstein. O vice-presidente Hamilton Mourão também afirmou que trocou pelo aplicativo mensagens com Bolsonaro no sábado (09).
O uso da tecnologia é visto com reserva por integrantes do setor de inteligência do Palácio do Planalto. Para eles, apesar de ser prático, o aplicativo de mensagens não é seguro o suficiente para garantir o sigilo absoluto das informações compartilhadas.
O receio maior é de que o presidente se descuide e acabe utilizando a tecnologia em despachos com a equipe ministerial, trocando informações sensíveis que possam colocar em risco a sua própria segurança e prejudiquem iniciativas do governo.
A avaliação também é feita por assessores presidenciais, para os quais o WhatsApp não é totalmente confiável. Eles dizem, porém, que Bolsonaro tem evitado compartilhar conteúdo confidencial pelo aplicativo de mensagens.