Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O presidente Michel Temer recusa comentar o relatório da Polícia Federal que o acusa de corrupção dizendo: “Não faço juízo jurídico”

Compartilhe esta notícia:

Temer foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. (Foto: AG)

Na saída do seminário para investidores russos nesta terça-feira (20), o presidente Michel Temer parou para falar com a imprensa brasileira. Perguntado sobre como viu o relatório da PF (Polícia Federal), que disse haver crime de corrupção por parte do presidente, ele se recusou a comentar.

“Isso não é uma questão política, é jurídica. E eu não faço juízo jurídico”, disse o presidente.

O STF (Supremo Tribunal Federal) recebeu o relatório da PF na última segunda-feira. Para os investigadores, houve crime de corrupção do presidente. A conclusão considera, além dos indícios e de outras provas, duas conversas entre o diretor da JBS Ricardo Saud e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que está preso em Brasília.

As conversas já foram periciadas e ajudam a reforçar os indícios de crime. A PF não comenta o relatório. Ainda pediu um prazo adicional de cinco dias para apresentar uma conclusão sobre o crime de obstrução de Justiça. Esse tempo será usado para concluir a perícia no áudio da gravação do dono da JBS Joesley Batista com o presidente Temer. A PF teria optado por ser mais cautelosa nesse ponto.

Michel Temer é investigado pela PGR (Procuradoria Geral da República), que deve oferecer denúncia contra eles nos próximos dias com base na delação dos donos e executivos da JBS. Na semana passada, a defesa de Temer pediu o arquivamento do inquérito, argumentando que não havia elementos probatórios mínimos na investigação para justificar a apresentação de denúncia.

Nesta segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF parecer contrário ao pedido de arquivamento do inquérito. Janot argumentou, no entanto, que só vai analisar o pedido mais a fundo quando receber a conclusão das investigações da Polícia Federal. Com o material em mãos, o procurador-geral vai definir se arquiva ou se apresenta denúncia contra Temer perante o STF.

Mais prazo

A Polícia Federal pediu novamente mais tempo para concluir as investigações sobre o presidente Michel Temer. O prazo inicial dado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato, foi de dez dias. Depois, a pedido da PF, foram concedidos mais cinco dias. Agora, o ministro vai decidir se estende ainda mais o prazo.

O prazo curto é estipulado em lei, para investigações nas quais há investigados presos. No caso, trata-se do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e de Roberta Funaro, irmã do operador Lucio Funaro. Eles são alvo do mesmo inquérito e, junto com Temer, são investigados por crime de obstrução à justiça, corrupção passiva e participação em organização criminosa.

A Polícia Federal ainda estava concluindo a perícia no áudio da conversa que o dono da JBS, Joesley Batista, gravou com o presidente. Em 22 de maio, a polícia informou ao STF que precisava de até 30 dias para concluir a análise. No caso dos áudios do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que é investigado no mesmo inquérito, o prazo inicial era de até 60 dias.

Indícios de corrupção

Para os investigadores, houve crime de corrupção. A conclusão leva em consideração, além dos indícios e de outras provas, duas conversas entre o diretor da JBS Ricardo Saud e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures que já foram periciadas e ajudam a reforçar os indícios de crime. (AG)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Pedidos de refúgio de venezuelanos no Brasil quadriplicam
Para 65% dos europeus, a União Europeia deve ser dura com o Reino Unido
https://www.osul.com.br/o-presidente-michel-temer-recusa-comentar-o-relatorio-da-policia-federal-que-o-acusa-de-corrupcao-dizendo-nao-faco-juizo-juridico/ O presidente Michel Temer recusa comentar o relatório da Polícia Federal que o acusa de corrupção dizendo: “Não faço juízo jurídico” 2017-06-20
Deixe seu comentário
Pode te interessar