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Por Redação O Sul | 1 de maio de 2018
Louis, o terceiro filho do príncipe William e Kate Middleton, foi registrado no cartório nesta terça-feira (1). Assinado pelo pai do bebê de oito dias de idade, o documento tem escrito antes do nome do bebê a reverência à realeza, “Sua alteza real príncipe Louis Arthur Charles de Cambridge
O casal celebrou a chegada de mais um menino às 11h01min, no horário de Londres, do dia 23 de abril. O príncipe nasceu com 3,8 kg. William e Kate já tem George, de 4 anos e Charlotte, de 2 anos. A nova gestação da duquesa foi divulgada em setembro, e ela passou o mês afastada dos holofotes devido a enjoos fortíssimos.
Kate sofre de hiperêmese gravídica, uma complicação caracterizada por náuseas severas, que gera perda de peso e desidratação. Durante sua primeira gravidez, a duquesa chegou a ser internada por conta disso.
Repouso
Por conta do começo da gravidez turbulento, a duquesa não pode comparecer ao primeiro dia de aula de seu primogênito, George. William acompanhou o filho até a escola Thomas’s Battersea. “Infelizmente, a duquesa de Cambridge ainda não está bem e não poderá levar o príncipe George no seu primeiro dia de escola. O duque de Cambridge vai levá-lo nesta manhã como estava planejado”, dizia o comunicado da família real.
Saída do hospital
Sete horas depois de dar entrada no Hospital St Mary, em Paddington, na Inglaterra, para dar à luz ao seu terceiro filho, Kate Middleton voltou para casa, sorrindo e carregando seu bebê no colo.
Kate teve um parto normal, assim como foi no nascimento dos dois primeiros filhos: George e Charlotte. Se fosse tivesse dado à luz no Brasil, dificilmente ela sairia do hospital no mesmo dia. A portaria 2.068/2016, do Ministério da Saúde, diz que mães e bebês poderão voltar para casa 24 horas após o nascimento, desde que ambos estejam em boas condições de saúde. A portaria anterior, de 1993, ampliava o prazo para a alta hospitalar para 48 horas. No caso de nascimento por cesárea, a alta costuma ocorrer após 72 horas de internação.
A médica Maria Helena Bastos, com doutorado em parteria e saúde da mulher, conhece de perto o sistema inglês de assistência ao parto. Ela fez mestrado e doutorado na Inglaterra, onde escreveu trabalhos científicos sobre qualidade na assistência obstétrica.
“Normalmente, que tem parto normal em hospital na Inglaterra pode ir para casa 6 horas após dar à luz. No caso da cesariana, a mulher fica internada lá por cinco dias, enquanto aqui leva mais tempo”, disse ela.
Segundo a médica, o fato de Kate ir tão cedo para casa não significa que ela receberá menos atenção médica. “Ela terá uma parteira totalmente dedicada a ela no pós-parto, assim como foi no pré-natal, com visitas domiciliares por até 21 dias.”
A especialista diz que esse atendimento é universal lá. “O sistema de atenção ao parto lá é totalmente integrado à rede de saúde. Seja princesa ou lavadeira, todas têm esse modelo de atenção com uma parteira dedicada a ela.”
Maria Helena afirma que não há evidências científicas de que é melhor manter mãe e bebê internados no hospital por mais tempo. “O sistema de atenção à saúde de lá funciona priorizando a atenção comunitária de saúde, o atendimento da família.”
O ginecologista César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, diz estranhar esse sistema de alta hospitalar inglês após o parto. “No Brasil, não é comum que a alta se dê em tão pouco tempo.”
Segundo ele, a internação se prolonga para observar a evolução clínica da mãe e do bebê. “O objetivo é verificar se está tudo bem ou se acontece alguma intercorrência. Se tudo correr, a mãe sai do hospital em 24 horas.”