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| O procurador-geral da República vai denunciar Joesley Batista, preso no domingo, por obstrução da Justiça

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Procurador-geral da República durante sessão plenária do STF. (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

Com a imunidade criminal de Joesley Batista suspensa, Rodrigo Janot vai incluir o homem da J&F na denúncia por obstrução da Justiça que vai apresentar contra Michel Temer antes de passar o bastão a Raquel Dodge. Integrantes do Ministério Público Federal dizem que a denúncia contra Joesley deve ser um fator a reforçar a denúncia, pois dificulta uma das linhas de defesa de Temer até aqui: a de que os benefícios concedidos aos delatores da J&F foram excessivos.

Parece evidente que essa inclusão de Joesley é, na verdade, uma reação de Janot à saraivada de críticas de que tem sido alvo desde que vieram à tona as irregularidades e suspeitas de ilegalidades cometidas na gênese do acordo de colaboração do núcleo da J&F.

Essa imputação de obstrução da Justiça será feita com base no depoimento do próprio Joesley e também na delação do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, que foi homologada recentemente pelo ministro Edson Fachin. Janot ainda não definiu com a equipe se apresentará uma ou duas denúncias contra Temer, mas já bateu o martelo de que serão dois os crimes imputados a ele.

O procurador-geral da República viu no relatório da Polícia Federal no inquérito do chamado “quadrilhão” do PMDB “substância” para denunciar o presidente da República também por organização criminosa. Segundo interlocutores do chefe do MPF, o relatório da PF mostra uma “dinâmica mais clara” de como se davam a hierarquia e a divisão de tarefas no núcleo do PMDB da Câmara, que seria comandado por Temer, de acordo com a narrativa que deverá sustentar a denúncia.

PGR não vai pedir buscas no exterior

Os acordos de cooperação entre os Ministérios Públicos e a Justiça dos Estados Unidos e do Brasil permitiriam a Rodrigo Janot solicitar buscas em imóveis ligados a Joesley Batista, Ricardo Saud e outros executivos da J&F em Nova York e outras cidades. Isso poderia ajudar a elucidar, por exemplo, se há realmente áudios comprometedores guardados fora do País. Mas a falta de tempo foi a razão evocada por auxiliares do PGR para a falta de providências nesse sentido. Vai ficar, se for o caso, para Raquel Dodge.

Chance de manter delação será pena em regime fechado

A imunidade penal a Joesley e companhia será revogada em definitivo. A única chance que ministros e procuradores veem de que seja mantido algum acordo de colaboração será os delatores aceitarem cumprir parte da pena em regime fechado. E pararem de fazer barganha com provas, que pode levar ao cancelamento total do benefício e agravamento das penas.

Suspeição de Janot

O STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou, por 9 votos a 0, nesta quarta-feira. 13, o pedido de suspeição feito contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pela defesa do presidente Michel Temer, que alegava perseguição contra o peemedebista e queria retirar o procurador das investigações contra o presidente iniciadas com a delação premiada dos executivos do grupo J&F.  (AE)

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