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O próximo comandante-geral do Exército será o general Júlio César Arruda; o comandante da Força Aérea Brasileira será o brigadeiro Marcelo Damasceno; o comandante da Marinha, o almirante Marcos Olsen

Lula e comandantes das Forças Armadas se reuniram no Palácio da Alvorada, no sábado. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Lula definiu com José Múcio, o futuro ministro da Defesa, os novos comandantes das Forças Armadas. Veja quem são:

— Exército: general Júlio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e construção. É o mais antigo da tropa;

— Marinha: almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante de Operações Navais da Marinha;

— Aeronáutica: tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do estado-maior da Aeronáutica;

— Comandante do Estado-maior das Forças Armadas: almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do estado-maior da Marinha.

Ao comentar as atribuições de Múcio Monteiro, novo ministro da Defesa, Lula disse que as Forças Armadas têm que defender o povo e a soberania nacional, e não “fazer política”.

“As Forças Armadas têm um papel importante. As Forças Armadas têm um papel constitucional: têm que cuidar da soberania nacional, têm que defender o povo brasileiro de possíveis e eventuais inimigos externos. E é para isso. As Forças Armadas não foram feitas para fazer política, não foram feitas para ter candidato. Quem quiser ser candidato, se aposente e seja candidato”, afirmou Lula.

Demais nomeações

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na manhã dessa sexta-feira (9) os nomes de cinco ministros do futuro governo. Foram anunciados:

— Fazenda: Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação;
— Casa Civil: Rui Costa, governador da Bahia;
— Defesa: José Múcio Monteiro, ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União;
— Justiça: Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e senador eleito;
— Relações Exteriores: Mauro Vieira, diplomata e ex-chanceler.

O anúncio aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde atua a equipe de transição de governo.

Lula disse que, embora não tenha anunciado mulheres nem negros neste momento, eles terão representação significativa no ministério.

O presidente eleito afirmou também que vai anunciar nas próximas semanas os nomes de mais ministros. Na mesma entrevista, Lula ainda disse que:

— mantém a ideia de recriar o Ministério da Segurança Pública;
— as Forças Armadas devem proteger o povo, e não ‘fazer política”;
— acredita na aprovação da PEC da Transição na Câmara.

Segurança Pública

Lula disse que pretende recriar o Ministério da Segurança Pública, hoje atrelado ao Ministério da Justiça.

“Nós temos o interesse de criar o Ministério da Segurança Pública, mas a gente não pode fazer as coisas de forma atabalhoada”, argumentou.

O presidente eleito explicou que, antes, cabe a Dino, novo ministro da Justiça, reorganizar órgãos como a Polícia Rodoviária Federal.

“O companheiro Flávio Dino tem a missão, primeiro, de consertar o funcionamento do Ministério da Justiça, de consertar o funcionamento da Polícia Federal.”

PEC da Transição

A montagem do futuro governo acontece em meio às articulações da equipe de Lula para aprovar no Congresso Nacional a PEC da Transição.

O texto, que possibilita o pagamento de R$ 600 de Bolsa Família, já passou pelo Senado. Agora, tramita na Câmara.

Lula diz acreditar na aprovação do texto também pelos deputados.

“Eu já ouvi boatos que a PEC vai ter problema na Câmara dos Deputados, eu não acredito. Eu farei quantas conversas foram necessárias para que a PEC seja aprovada”, disse o petista.

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