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Brasil O PSDB busca “alternativa honrosa” para Aécio Neves

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Documento, que pede o afastamento imediato do deputado e cobra sua desfiliação, deve ser apreciado nesta quarta-feira. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Instalado para dar lustre de transparência ao PSDB, cuja imagem foi arranhada por escândalos de corrupção, o Conselho de Ética do partido deve receber nos próximos dias as duas representações que pedem a expulsão da legenda do deputado federal Aécio Neves (MG). A tendência é que o colegiado encontre uma alternativa honrosa para o tucano a fim de evitar desgastar ainda mais a já manchada reputação da sigla e do próprio Aécio. A hipótese de afastamento temporário é cogitada, segundo tucanos ouvidos.

De forma reservada, dois membros do colegiado consideraram “frágeis” os pedidos de expulsão do parlamentar. Aécio será julgado por ex-colegas de Congresso. Na Câmara, onde está atualmente, esse aliados afirmam que ele conquistou o respeito na bancada em razão de trajetória política e seu poder de articulação. Essa ala pondera que a saída do tucano não deve melhorar a imagem do PSDB e que o melhor é “esquecer o assunto”.

Aécio Neves é réu por corrupção passiva e obstrução da Justiça e também responde à acusação de receber ilicitamente R$ 2 milhões de Joesley Batista, do grupo J&F. O deputado federal nega. “Joga-se fora um quadro valioso do partido em troca de quê? A gente entende que é uma decisão política e que há prejuízo eleitoral, mas vale a pena perder um quadro com essa capacidade política? A situação é ruim”, afirmou um dos parlamentares.

Outro integrante do grupo, o ex-deputado federal Marco Tebaldi (SC), diz que há três dias estuda o Código de Ética. Ele pondera que as representações devem ser construídas em acordo com as novas normas impostas no código e analisa que os termos do documento induzem ao filiado a pedir afastamento por iniciativa própria. Aécio tem sido pressionado a deixar a legenda, mas a aliados, nega que vá se afastar. “O Código induz um pouco ao próprio afastamento da pessoa. Eu faria assim, me afastaria para me defender. Se fosse inocentado, voltaria por cima”, avaliou o ex-parlamentar.

Marco Tebaldi acrescenta também que o PSDB precisa ser um partido “terrivelmente equilibrado” para não prejudicar seus filiados. “Tem de haver um meio termo. Olha o PT, que está com metade do partido condenado. O PT vai lá, defende o Lula livre e todo mundo bate palma. Nós não podemos ser assim? Há de ter um consenso na sociedade. O Conselho de Ética deveria valer para geral, deveria existir um Código de Ética geral para a política”.

O presidente do colegiado, César Colnago (ES), afirmou que vai se reunir nos próximos dias com Bruno Araújo, novo presidente do PSDB, para decidir quando convocará a primeira reunião do grupo. Instalado na primeira semana de julho, os membros ainda não fizeram nenhum encontro.

Além de Colnaro e Marcelo Tebaldi, compõem o conselho a deputada Bia Cavassa (MS), o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos (CE) e o deputado estadual Paulo José Araújo Corrêa (MS). Entre os suplentes, há funcionários ligados aos deputados federais Paulo Abi Ackel (MG) e Nilson Leitão (MT), ambos amigos de Aécio.

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