Sábado, 11 de janeiro de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política O PT é contra abrandar Lei da Ficha Limpa e Sérgio Moro, a favor

Compartilhe esta notícia:

Ao pedir a fala, Moro disse que o PT estaria sendo contra o projeto de lei para tentar consertar o passado.(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Senadores do PT e Sergio Moro ficaram, como de costume, de lados opostos na discussão do projeto que flexibiliza a lei da Ficha Limpa.

Fabiano Contarato, Randolfe Rodrigues e Humberto Costa se manifestaram contra a flexibilização, que torna a legislação mais branda. Já Moro se manifestou a favor de abrandar a lei quando a condenação não for por crimes contra a administração pública. A proposta foi discutida no plenário do Senado Federal na última terça-feira (3).

Contarato disse que seria contra o projeto devido aos privilégios que senadores têm em comparação a cidadãos normais, em especial pretos e pobres. O senador argumentou que seus pares políticos não deveriam ter uma punição flexibilizada porque “as cadeias estão lotadas de pobres, pretos, pardos”, que não têm suas penas aliviadas.

Ao pedir a fala, Moro disse que o PT estaria sendo contra o projeto de lei para tentar consertar o passado. O senador do União Brasil e ex-juiz da Lava-Jato defendeu o projeto que flexibiliza a inelegibilidade alegando que existem “injustiças cometidas por infrações administrativas” e citou a condenação e cassação do mandato de Deltan Dallagnol. Moro, entretanto, pediu a retirada do projeto de pauta para “aperfeiçoamento”.

“(…) a Lei da Ficha Limpa tem pontuais injustiças, e esse projeto corrige várias dessas injustiças. […] Para ficar em um exemplo, foi cassado do mandato do deputado federal mais votado do Paraná, Deltan Dallagnol, sob um argumento que não convence”, disse o senador em plenário.

Com a flexibilização, o tempo de inelegibilidade, estipulado pelo Código Eleitoral em oito anos, começará a ser contado a partir da condenação. Também foi estipulado um prazo máximo de 12 anos sem direitos políticos e sem a possibilidade de se candidatar a um cargo público, mesmo que haja mais de uma condenação.

Atualmente, os oito anos passam a ser contados quando termina o cumprimento da pena a que o político foi condenado e não há um prazo máximo.

Adiamento

O Senado adiou mais uma vez a votação do projeto de lei que reduz o prazo de inelegibilidade definido pela Lei da Ficha Limpa. A votação estava prevista para esta quarta-feira e até começou a ser debatida, mas após pedidos de senadores e do relator, acabou sendo cancelada. Agora, a proposta só deve voltar ao plenário do Senado após as eleições municipais.

O texto é relatado pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA), que deu parecer favorável. A medida foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado há duas semanas. Na CCJ, o projeto teve apoios que foram do bolsonarista Izalci Lucas (PL-DF) até o petista Rogério Carvalho (SE).

O projeto foi aprovado pela Câmara no ano passado e, sem mudanças no texto chancelado pelos deputados, a iniciativa vai para sanção ou veto presidencial.

O relator Weverton Rocha manteve o texto aprovado pela Câmara e só fez ajustes de redação, sem alterar o mérito.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

“Se o Lula morrer, eu vou ser candidato a presidente do Brasil”, diz Pablo Marçal
Saiba como funciona a Starlink, empresa de Elon Musk
https://www.osul.com.br/o-pt-e-contra-abrandar-lei-da-ficha-limpa-e-sergio-moro-a-favor/ O PT é contra abrandar Lei da Ficha Limpa e Sérgio Moro, a favor 2024-09-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar