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O quarto homem mais rico do mundo quer pagar mais impostos

O bilionário Warren Buffet: o trabalhador americano não deveria precisar de um segundo salário. (Foto: Reprodução)

O quarto homem mais rico do mundo não só defende impostos mais altos para os que ocupam hoje os melhores lugares à mesa como prega também que uma parte do aumento na arrecadação decorrente dessa reestruturação tributária seja distribuída como complemento de renda a assalariados, nos Estados Unidos, evitando que pais de família precisem ter um segundo emprego para manter a casa e os filhos.

Foi esse um dos recados que Warren Buffet deu ao falar online para investidores de seu fundo de investimentos Berkshire Hathaway. Pelo raciocínio de Buffet, a medida melhoraria a vida dos pobres norte-americanos e criaria algumas vagas a mais no mercado de trabalho.

Mesmo dizendo manter sua fé na economia dos Estados Unidos ao longo prazo, o investidor não tem atuado em compras de ações tornadas baratas pela crise, diferentemente do que fez em 2008. Nas suas contas, vendeu no mês passado 16 vezes mais papéis do que comprou.

Goldman Sachs

Warren Buffett está se desfazendo do Goldman Sachs. É o que mostrou um comunicado da Berkshire Hathaway, o conglomerado do multibilionário, divulgado na noite desta sexta-feira. De acordo com o documento, Buffett reduziu a maior parte de sua participação no banco norte-americano.

A Berkshire disse que havia vendido mais de 10 milhões de ações da Goldman no primeiro trimestre de 2020, em meio à pandemia, participação equivalente US$ 2,3 bilhões no fim do ano passado e representante de 2,9% do banco de investimentos.

No fim do trimestre, detinha apenas 1,9 milhão de ações do Goldman, correspondentes a menos de 0,6% do capital da instituição financeira.

A fatia havia sido adquirida por Buffet nos idos da grande crise financeira, ocorrida em 2008. O movimento foi de “resgate” ao banco, com investimento de R$ 5 bilhões inicialmente em ações preferenciais, em meio à quebra de bancos como o Lehman Brothers.

E não para por aí. Buffet também reduziu sua participação no JPMorgan Chase: mas neste caso, a diminuição da posição foi significativamente pequena, de 1,94% para 1,88%.

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