Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2024
O apresentador Sílvio Santos, de 93 anos, morreu nesse sábado (17), no Hospital Israelita Albert Einstein, onde estava internado há dezessete dias. Comunicado assinado por quatro médicos do hospital informou que sua morte se deu em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza A (H1N1).
A broncopneumonia é um tipo de pneumonia que causa inflamação nos alvéolos, estruturas dos nossos pulmões responsáveis pela troca de oxigênio com o sangue. Já a pneumonia é causada por microorganismos (vírus, bactérias ou fungos) ou a inalação de substâncias que comprometam as estruturas pulmonares. Em alguns casos, uma infecção causada por vírus e bactéria também pode ocorrer ao mesmo tempo.
Confira abaixo como é transmitida, os fatores de risco e os tratamentos de uma pneumonia:
Tipos
– Viral: causada por vírus. A gripe (vírus influenza) e o resfriado comum (rinovírus) são as causas mais comuns de pneumonia viral em adultos. A broncopneumonia de Silvio Santos foi, justamente, causada pelo vírus da influenza (H1N1) como informou o Albert Einstein. O vírus sincicial respiratório (VSR) é a causa mais comum de pneumonia viral em crianças pequenas. Muitos outros vírus podem causar pneumonia, incluindo SARS-CoV-2, o vírus que causa o Covid-19.
– Bacteriana: é causada por vários tipos de bactérias, mas, principalmente, pelo pneumococo.
– Fúngica: mais comum em pessoas com problemas crônicos de saúde ou sistema imunológico enfraquecido e em pessoas que inalaram grande quantidade de fungo. Os fungos que causam a doença podem ser encontrados no solo ou em fezes de pássaros, como pombos.
Já a broncopneumonia é um tipo de pneumonia que causa inflamação nos alvéolos, estruturas dos nossos pulmões responsáveis pela troca de oxigênio com o sangue.
O médico José Pereira Rodrigues, pneumologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica, contudo, que tanto quadros de pneumonia no geral, como aqueles específicos de broncopneumonia são tratados da mesma forma, e não possuem grande diferenças em relação aos sintomas.
“O vírus mais comum que causa pneumonia é o influenza e começa a aumentar a sua circulação no Hemisfério Sul no início do outono ao inverno. Essa pneumonia, quando diagnosticada de forma precoce e tratada com medicação antiviral, tem uma evolução mais favorável que a bacteriana”, explicou Frederico Fernandes, pneumologista.
Transmissão
Segundo o Ministério da Saúde, a pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções ou, na época do inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura.
Essas mudanças comprometem o funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta uma maior exposição aos microorganismos causadores da doença.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), a pneumonia pode afetar pessoas de todas as idades. No entanto, duas faixas etárias correm maior risco de desenvolver pneumonia e ter um quadro mais grave.
• Bebês e crianças de 2 anos ou menos correm maior risco porque seus sistemas imunológicos ainda estão se desenvolvendo. Esse risco é maior para bebês prematuros;
• Adultos mais velhos, com 65 anos ou mais, também têm maior risco porque os sistemas imunológicos geralmente enfraquecem à medida que as pessoas envelhecem. Os mais velhos também são mais propensos a ter outras condições de saúde crônicas (de longo prazo) que aumentam o risco de pneumonia.
Fatores de risco
Em um cenário que considera TODOS os tipos de pneumonia, são fatores de risco:
• fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos;
• álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório;
• ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias;
• resfriados mal cuidados;
• mudanças bruscas de temperatura.
Sintomas
• falta de ar;
• cansaço;
• dor no tórax;
• febre alta;
• tosse.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por exame clínico, auscultação dos pulmões e radiografias de tórax são recursos essenciais para o diagnóstico das pneumonias.
Já o tratamento depende do tipo de pneumonia. Se for bacteriana, o paciente irá tomar antibiótico. Já na viral, o tratamento inclui apenas medicamentos para aliviar sintomas, como febre e dor.
Se diagnosticada e tratada de forma adequada, dificilmente o paciente terá um agravamento do quadro. Se não tratada, a pneumonia pode evoluir para um quadro mais grave, causando até a morte.