O inverno inicia oficialmente no hemisfério sul nesta quarta-feira (21). A estação mais fria do ano deverá ser atípica por influência do fenômeno meteorológico El Niño, que eleva as temperaturas, e que pode, inclusive, se tornar um Super El Niño.
O El Niño, assim como a La Niña, determina mudanças nos padrões de transporte de umidade e, portanto, variações na distribuição das chuvas em algumas partes do mundo, inclusive o Brasil.
O fenômeno ocorre quando as águas do Oceano Pacífico na faixa da Linha do Equador aquecem mais do que o normal. Esta situação altera o sistema de ventos em toda a América do Sul. O Centro de Previsão Climática da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa) confirmou que o El Niño já se formou e tende a se fortalecer ao longo do inverno. O fenômeno não tem um tempo previsível de duração, e pode se estender entre seis meses a dois anos.
Conforme o International Research Institute for Climate and Society, os dois fenômenos, El Niño (EN) e La Niña (LN), têm as seguintes características:
– tendem a se desenvolver entre abril e junho;
– atingem o pico entre outubro e fevereiro;
– duram entre 9 e 12 meses e podem persistir por até aproximadamente 2 anos;
– recorrem em intervalos de 2 a 7 anos.
Rio Grande do Sul
O El Niño deve trazer chuvas abundantes para o Rio Grande do Sul nos próximos meses. O inverno deste ano terá precipitações elevadas e será menos rigoroso em relação às temperaturas em todo o Estado, segundo o Boletim do Clima elaborado pelo Simagro (Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação.