Casos de obstrução intestinal podem surgir em pacientes que já passaram por cirurgias na região abdominal, como no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro. Trata-se de um bloqueio que impede ou reduz significativamente a passagem de alimentos, líquidos, secreções digestivas e gases pelo intestino.
Segundo especialistas, cirurgias especialmente múltiplas – podem levar ao desenvolvimento de fibrose na área operada, favorecendo o surgimento de aderências. As alças intestinais, que se movimentam constantemente, acabam passando pela região operada. Com isso, podem se “acotovelar”, provocando a obstrução, que, dependendo da gravidade, pode exigir nova intervenção cirúrgica.
De acordo com o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), além das aderências, outros fatores como tumores, hérnias e intoxicações também podem causar esse tipo de quadro. As obstruções podem ser parciais ou totais, e atingir tanto o intestino delgado quanto o grosso.
O diagnóstico é feito a partir da análise dos sintomas, que incluem inchaço abdominal, soluços, sensação de estômago cheio, refluxo, vômitos e dores. Exames de imagem complementam a avaliação clínica.
No caso atual de Bolsonaro, exames laboratoriais e de imagem indicaram uma suboclusão intestinal – um bloqueio parcial. Nessa condição, o paciente ainda consegue eliminar gases, mas tem dificuldade para evacuar.
Sintomas
- Inchaço abdominal
- Soluços
- Sensação de estômago cheio
- Refluxo
- Vômitos
- Dores
(Com informações do Estado de S. Paulo)