Geraldo Alckmin declarou ao Tribunal Superior Eleitoral ter gasto 46 milhões e 300 mil reais na campanha até agora. É a maior despesa entre os presidenciáveis. Não adiantou.
Pesquisas com grupos em várias regiões do país apontam o que consideram sua principal dificuldade de para subir nas pesquisas: é considerado o candidato da classe média para cima. O cabelo alinhado com gel, a roupa engomada e a linguagem muito certinha compõem o perfil. Os entrevistados acham que um jeito mais despojado e uma conversa informal ajudariam. Têm razão.
Quem correu mais rápido
Uma dificuldade que os marqueteiros de Alckmin não perceberam: Jair Bolsonaro tirou parte dos seus eleitores. Foi a crise ética e a descrença dos eleitores que alavancaram o candidato do PSL. Para crescer, o tucano deveria ter deixado de lado o estilo que está mais adequado ao chá das cinco.
Dinheiro rola
O segundo que mais gasta na campanha é Henrique Meirelles. Desembolsou 45 milhões de reais. O PT, com as andanças de Fernando Haddad, chegou a 20 milhões e 500 mil. A seguir, Ciro Gomes (10 milhões); Marina Silva (6 milhões e 100 mil); e Guilherme Boulos (5 milhões e 900 mil).
Não é assim
Eduardo Azeredo e Beto Richa, do PSDB; Paulo Maluf, do PP, e Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lina, do MDB, estão na lista de presos que inclui lideranças de outros partidos. Isso derruba a tese de que o PT está sendo a única vítima de perseguição. A lei vale para todos.
Em busca de votos
A agenda de campanha de José Ivo Sartori tem se concentrado no Interior do Estado. O primeiro compromisso em Porto Alegre ocorrerá no dia 23. Aproveitará o domingo para uma caminhada pelo Brique de Redenção.
Hoje, vai se reunir com jovens de partidos que o apoiam. Ontem, teve encontro com mulheres.
No reino do exagero
No orçamento federal de 2019, a previsão de gastos com o Congresso Nacional é de 10 bilhões e 400 milhões de reais. A Câmara dos Deputados terá 6 bilhões de reais. O Senado, 4 bilhões e 400 milhões.
Durante a campanha, nenhum candidato fala em redução de despesas, sabendo que o déficit do governo não ficará abaixo de 160 bilhões de reais.
Sem aumento
Os deputados da situação tiraram a possibilidade de uma grande dor de cabeça, por enquanto, para o governador Sartori. Barraram as votações do reajuste para os servidores do Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública. O projeto prevê 5,58 por cento retroativos a janeiro deste ano. Em caso de aprovação, a cobrança dos funcionários do Executivo seria pesadíssima.
Vão esperar
A Assembleia Legislativa teve, ontem, a última sessão de votações antes de 7 de outubro. Na próxima terça-feira, dia em que o placar eletrônico é aberto, haverá homenagem à Revolução Farroupilha. Depois, só campanha.
Fechando o cerco
Após três anos de tramitação, foi aprovado ontem, no plenário da Assembleia, o projeto que traz para o âmbito o Estado o rigor da lei federal, de agosto de 2013. Trata da responsabilização administrativa das pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública. O autor foi o deputado Tiago Simon. Seu pai, Pedro Simon, acompanhou a votação no plenário. No Senado, foi um dos maiores combatentes contra a corrupção.
Vai esquentar
A rediscussão sobre a prisão após sentença de segunda instância está na agenda do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, que assumirá amanhã. O assunto tem relação direta com a situação de Lula.
Com garfo e faca
O Cabo Daciolo, candidato à Presidência da República, segue determinado a ficar 21 dias em jejum. Donos de restaurantes de várias capitais tentam localizá-lo para ofertar um banquete quando terminar o desafio. O vencedor ganhará propaganda gratuita e adotará o lema “aqui, matamos a fome de qualquer um”.
Redução
A arrecadação de tributos deverá cair: este mês terá apenas 18 dias úteis.
Boa iniciativa
O Conselho Estadual de Cultura, presidido por Marco Aurelio Alves, realizou ontem reunião no Solar dos Câmara, dando início a um projeto de aproximação com a Assembleia. Um dos itens prevê a colaboração com o acervo do Memorial do Legislativo.
Reação da maioria
Bocejo é o aplauso máximo que o entediado concede diante dos programas de propaganda política em rádio e TV.