Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2015
Em sua primeira entrevista após assumir o cargo, o novo ministro da Saúde, o médico e deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), disse que, diante da restrição orçamentária, deve atrasar o repasse de recursos para hospitais e programas como o Farmácia Popular já em dezembro deste ano.
A previsão é que 50% da verba destinada para a área de média e alta complexidade, que abrange o atendimento em pronto-socorro e realização de cirurgias e exames, e que deveria ser paga no dia 10 de dezembro, seja paga apenas no início de janeiro de 2016.
De acordo com o titular da Saúde, o novo modelo de cálculo de financiamento da Saúde, aprovado neste ano pelo Congresso Nacional, deve trazer um deficit de ao menos 7,5 bilhões de reais em recursos para 2016. “O que hoje está ruim vai piorar.” Para obter recursos, ele defende a aprovação de uma nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) compartilhada entre União, Estados e municípios, em uma proposta na qual os últimos, porém, teriam a arrecadação exclusivamente para a saúde.
O ministro defendeu “intensificar” o Mais Médicos e disse que novos programas como o Mais Especialidades, bandeira da presidenta Dilma Rousseff na sua campanha, dependerão da liberação de recursos.