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O que impede Michel Temer de extraditar Cesare Battisti para a Itália?

Imprensa italiana dá destaque permanente ao caso Battisti. (Foto: reprodução)

O presidente Michel Temer poderá acolher um pedido reservado feito pelo governo da Itália e determinar a extradição do criminoso italiano Cesare Battisti. Esta semana, os rumores em Brasília indicavam que o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes teria aconselhado o presidente Michel Temer a fazer uso de suas prerrogativas e extraditar Battisti para a Itália, revogando o decreto de Lula que deu refúgio ao assassino condenado na Itália, sem aguardar pela decisão do STF. Com popularidade, segundo algumas pesquisas, estimada em 3%, Temer não teria nada a perder, adotando a medida que o governo da Itália reivindica com insistência.

A trajetória do Battisti: quatro assassinatos

Battisti fora condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos que teriam sido cometidos por ele na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele fugiu para o Brasil em 2004, onde foi preso em 2007. Em sua defesa, o grupo PAC fez a narrativa de que teria agido para combater a “hegemonia do poder capitalista”. É uma tática normal para justificar a violência. A Itália pediu sua extradição, que foi concedida pelo Supremo Tribunal Federal. No entanto, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha a última palavra no caso, revogou a medida, argumentando que o italiano era alvo de perseguição.

Preso na fuga para a Bolívia

Cesare Battisti foi preso no inicio do mês em Corumbá (MS), na fronteira do Brasil com a Bolívia, sob suspeita de evasão de divisas ao tentar deixar o País. Segundo a Polícia Federal, ele portava uma “quantia significativa em moeda estrangeira”, o que levou os agentes a detê-lo no momento em que saía do Brasil a bordo de um táxi boliviano. No entanto, foi solto por determinação judicial, e sua situação depende do STF, onde seu processo aguarda exame.

Vereadores apontam irregularidades no Memorial Prestes

Nove vereadores da capital gaúcha apresentaram à prefeitura requerimento apontando sérias irregularidades no processo que levou à construção do Memorial em homenagem a Luiz Carlos Prestes. O requerimento é subscrito pelos vereadores Felipe Camozzato, Comandante Nádia, João Carlos Nedel, Moisés Maluco do Bem, Mônica Leal, Pablo Mendes Ribeiro, Professor Wambert, Ricardo Gomes e Valter Nagelstein. O documento propõe a revogação da permissão de uso da área onde foi construído o memorial.

 

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