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Política O que mais incomodou ministros do Supremo no ato pela anistia na Avenida Paulista

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A manifestação de domingo (6) contou com um número recorde de governadores nos atos promovidos pelo ex-presidente. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Não foram os discursos inflamados contra Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) que mais incomodaram os integrantes da Corte na manifestação pró-anistia realizada no domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo. Embora esses discursos tenham gerado certo desconforto, o que mais irritou os ministros do STF foi a presença de sete governadores posando ao lado de Jair Bolsonaro durante o evento.

Uma ala do STF considerou “acintosa” a participação desses governadores na manifestação, especialmente pelo fato de, segundo alguns magistrados, o evento ter incluído “ataques ácidos” e agressivos ao tribunal. Para eles, a presença das autoridades foi vista como contraditória. Esses governadores frequentemente buscam o STF para resolver questões políticas e jurídicas que envolvem seus Estados, mas no evento, estavam ao lado de Bolsonaro, um dos principais críticos da Corte. Para esses magistrados, essa contradição foi interpretada como um movimento de aproximação com o ex-presidente e com a pauta radical da anistia, uma agenda que tem sido defendida por Bolsonaro e seus aliados.

A avaliação desse grupo de ministros é de que muitos dos governadores presentes no evento estão tentando se posicionar como sucessores de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026, já que o ex-presidente está inelegível. Para esses governadores, a manifestação foi uma oportunidade de ganhar apoio popular, especialmente entre eleitores que ainda são fiéis a Bolsonaro, e de se colocar como uma figura de continuidade do bolsonarismo. Essa movimentação foi vista como uma estratégia eleitoral para garantir votos e apoio para a futura disputa presidencial.

Além disso, outra parte do Supremo considera que Bolsonaro tem utilizado seu poder e sua base política para pressionar os governadores a se alinharem com a pauta da anistia. De acordo com esses magistrados, o ex-presidente estaria pressionando os governadores para que abraçassem essa pauta com o objetivo de fortalecer sua base de apoio e manter sua influência política mesmo fora do poder. Para aqueles que se posicionarem contra a agenda de anistia, a leitura é de que Bolsonaro poderia usar sua influência para prejudicar seus planos políticos, retaliando-os de formas diversas e minando suas possibilidades eleitorais futuras.

Essa manifestação foi especialmente significativa não apenas pelos discursos de apoio à anistia, mas também pelo número recorde de governadores que participaram do evento. Entre os governadores presentes estavam Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso), Wilson Lima (Amazonas), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Ratinho Júnior (Paraná).  (Com informações do jornal O Globo)

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