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O que mais se comenta em Brasília: a esquerda prepara a prisão de Jair Bolsonaro em janeiro

Presidente Jair Bolsonaro visitou Manaus em abril de 2021, após o governo federal reverter o colapso na rede de saúde local. (Foto: Reprodução/vídeo)

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro repete o mantra de que continuará jogando dentro das quatro linhas da Constituição, a esquerda, que passa a comandar o Brasil a partir de janeiro, e ciente de que vai ter posse, prepara, com respaldo de seus aliados no judiciário e na imprensa, um projeto de vingança totalmente fora da lei, nos moldes de republiquetas de bananas. O plano prevê que Jair Bolsonaro seja preso tão logo deixe a presidência da República, quando perderá o direito ao foro privilegiado. O principal argumento será a série de denúncias recolhidas pela CPI da Covid e que serão requentadas. A ideia seria criar o “Tribunal de Manaus” para eleger um palco onde Jair Bolsoanro e alguns de seus aliados mais próximos seriam condenados e presos.

O Tribunal de Exceção da esquerda

A instituição de um tribunal de exceção contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) constou do texto que descrevia as resoluções definidas no Encontro Nacional de Direitos Humanos, evento petista que aconteceu em dezembro do ano passado, mas foi retirada do site oficial do partido. Na publicação, havia a proposta de instituir um tribunal “para julgar Bolsonaro e seus cúmplices”. Instituir uma política de reparação e punição. Memória, Verdade e Justiça. Processar e punir os responsáveis pelo genocídio (Covid), criar uma política de promoção da memória, da verdade, com a criação de uma justiça de transição. Tribunal de Manaus para julgar Bolsonaro e seus cúmplices – aponta um dos itens da resolução.

Líder do governo afirma que vai ter posse, “mas STF e TSE jogaram a favor de Lula”

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do Governo na Câmara, foi direto ao ponto ontem, ao criticar o “impacto” do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições presidenciais deste ano, que proferiu decisões “ilegais”, influenciando o resultado do pleito. Barros concedeu várias entrevistas, uma delas à rede CNN onde afirmou:

“A democracia está estabelecida, apesar de que o resultado da eleição foi fortemente impactado pelas decisões do Tribunal Superior Eleitoral contra o Bolsonaro e seguidas decisões, e muitas delas ilegais. Mas a regra do jogo é essa, e eu não acredito que, por mais que o presidente tenha razão em qualquer contestação que ele faça ao processo eleitoral, a Justiça vá dar a favor dele, porque a Justiça está posicionada contra o Bolsonaro claramente nas suas ações e nas suas declarações. Vamos ter, para mim está claro isso, diplomação, posse do presidente eleito e vai governar e os partidos vão se posicionar”,

Rogério Marinho cresce como candidato ao comando do Senado

Ironicamente, o STF tem sido o maior cabo eleitoral para a candidatura do senador eleito Rogério Marinho, do Partido Liberal, à presidência do Senado. As constantes invasões de competência do STF em prerrogativas do Congresso, e mesmo do Executivo, atropelando algumas atribuições do poder legislativo, fermentam esse projeto de comando do Senado. Serão 27 novos senadores, na sua maioria alinhados com o projeto de centro-direita, e com Marinho, ex-ministro da Integração Regional, que foi eleito senador pelo Rio Grande do Norte pela bancada do PL, que terá 14 senadores na próxima legislatura. Em contraponto, o senador Rodrigo Pacheco, atual presidente do Senado, encontra cada vez maiores dificuldades para uma nova eleição. A sua fama de não cumprir acordos e trair aliados já se espalhou no Senado, depois que ele deu as costas a Michel Temer e Jair Bolsonaro, de quem teve apoio para chegar à presidência do Senado.

Carta dá prazo a Jair Bolsonaro

Manifestantes insatisfeitos com a falta de transparência no processo eleitoral para a presidência da Republica se reuniram ontem no Salão Verde da Câmara dos Deputados, e tentaram ler uma Carta ao povo brasileiro, mas foram impedidos pela segurança. Conseguiram divulgar o documento em uma entrevista coletiva para a imprensa.

A carta aberta estabelece esta quinta-feira, dia 8 ,como prazo máximo “para que o Presidente da República e/ou Forças Armadas manifestem-se na direção dos seguintes pontos:

– restabelecer a harmonia e independência entre os poderes, punindo aqueles que, deliberada e recorrentemente, vêm violando nossa constituição a olhos vistos;

– anular o pleito manchado pela falta de isonomia e pela parcialidade do Tribunal Superior Eleitoral que entre outros equívocos, ignorou o “radiolão”;

– estabelecer novas eleições transparentes, a se realizarem através do voto em cédulas de papel”.

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