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Mundo O que muda para o Brasil se Donald Trump voltar a ser presidente dos Estados Unidos

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Apesar da boa relação relação com Biden, governo garante que a relação dos dois países será mantida em qualquer cenário. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A reviravolta na corrida eleitoral dos Estados Unidos com a desistência do presidente Joe Biden não dissipou, entre ministros do governo Lula, temores sobre o impacto de um eventual retorno de Donald Trump à Casa Branca. Nos bastidores, avalia-se que o republicano, caso eleito, esvaziaria dois eventos vistos como decisivos para o posicionamento do Brasil no cenário internacional: o G-20, marcado para novembro, no Rio; e a COP-30, prevista para 2025, em Belém.

Para interlocutores, Biden, se não conseguir emplacar um sucessor na presidência dos EUA, chegaria ao G-20 como um “pato manco” por — nesse eventual cenário — estar às vésperas de transmitir o poder ao rival. Além disso, Trump, caso vença a eleição, dificilmente iria à COP por sua resistência à pauta ambiental.

O desembarque de Biden da eleição americana e seu apoio à vice-presidente Kamala Harris para substituí-lo na chapa do Partido Democrata deu uma nova esperança a aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas Trump segue favorito na disputa local. Apesar de Lula torcer pela derrota do republicano, Planalto e Itamaraty asseguram que a relação entre Brasil e EUA será mantida em qualquer cenário.

Extrema direita

A volta de Trump à Presidência dos Estados Unidos contrata problemas graves para as relações com o Brasil, em especial nas questões ambientais, com imigrantes e na política regional.

Além disso, o retorno de Trump à Casa Branca favoreceria o discurso da extrema direita no mundo e fortaleceria aqui no Brasil o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado.

Oficialmente, o governo brasileiro tratou a desistência de Biden como uma “questão política interna”. A orientação inicial é que não haja manifestação do Palácio do Itamaraty. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que declarou torcer por Biden, ainda mantém o silêncio.

A despeito de Lula ser considerado amigo de Biden, integrantes do governo brasileiro, reservadamente, admitiam que uma decisão sobre a continuidade do presidente americano na corrida presidencial deveria ser tomada o quanto antes. A avaliação era que a indefinição, à medida que expunha Biden ao desgaste público, favorecia Trump.

O atentado contra o ex-presidente durante um ato de campanha na Pensilvânia, no dia 13, aumentou a apreensão sobre o resultado das eleições americanas no dia 5 de Novembro.

Apesar disso, assessores da área internacional do governo Lula evitavam fazer projeções, alegando ainda ter mais de três meses para a votação. Também rejeitavam a comparação com a facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018.

Agora, de maneira reservada, fontes do governo brasileiro afirmam esperar que os democratas encontrem uma candidatura viável para impedir o retorno de Trump. Embora Biden tenha apoiado sua vice Kamala Harris como candidata, a decisão cabe ao partido Democrata.

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