Muitos empreendedores almejam internacionalizar suas atividades, expandindo o alcance de seus produtos e serviços para além das fronteiras do Brasil. Neste cenário, a abertura de uma sede nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, parece um sonho distante. Mas essa é uma meta que pode ser alcançada, desde que haja planejamento, estratégia e análise de mercado. O empreendedor precisa ter um plano de negócios, com estudo detalhado do seu público-alvo na região de interesse e adequação das atividades de sua empresa para cada tipo e segmento de atuação.
O primeiro passo para uma empresa se internacionalizar, estabelecendo sede nos Estados Unidos, é desenvolver um planejamento com o máximo de informações. O empreendedor deve conhecer bem o mercado onde pretende ingressar, incluindo o perfil dos consumidores e clientes e verificar se há demanda por seus produtos e serviços na região. É fundamental que o ramo de atividade da empresa seja adequado ao mercado norte-americano. Por exemplo, se a marca desenvolveu um produto para o público do Brasil, mesmo que planeje vender para brasileiros vivendo fora, é importante saber que muitas vezes o comportamento do brasileiro nos Estados Unidos é diferente do comportamento no Brasil.
Existem empresas especializadas em consultoria imigratória, que auxiliam na internacionalização da empresa, incluindo toda parte imigratória dos sócios e vistos para colaboradores. O empreendedor deve ter atenção em todas as etapas da transição, executando cada passo dentro da legalidade, priorizando a mobilidade entre os países para exercer suas atividades sem entraves burocráticos.
Felizmente, os Estados Unidos são um país de fácil acesso à informação e viabilidade de negócios. Para abrir uma empresa aqui leva em torno de 30 minutos, tudo feito pela internet. Ainda assim, todas as atividades têm suas regulamentações e fiscalizações. Para restaurantes, por exemplo, são necessárias pelo menos quatro licenças para poder operar. Por isso, é crucial saber quais licenças são necessárias para operar cada tipo de negócio, e, claro, se cercar de nomes confiáveis para auxiliar nessa extensão. A empresa deve se juntar a associações, órgãos públicos, câmeras de comércio, bem como grupos de networking e empresas parceiras com conhecimento para executar o projeto. As estratégias devem considerar as peculiaridades do público alvo, adaptando-se a um mercado diferente, com outros tipos de exigências. Um erro muito comum, de fato, é replicar nos EUA um modelo de negócio que deu certo no Brasil.
O processo de internacionalização é possível para empresas de qualquer porte e em diversos ramos de atuação. Afinal, os Estados Unidos são um país de muitas oportunidades, onde o crescimento pode ser muito rápido. Ao internacionalizar sua operação, o empreendedor brasileiro expande sua marca na maior economia do mundo, com possibilidade de novos negócios, para atrair investidores, trazer capital, tecnologia e inovação, e realizar intercâmbio com outros países. E há diversas opções para conciliar a vida profissional e pessoal entre Brasil e Estados Unidos. O CEO de uma empresa pode atuar somente como investidor ou fazer um visto imigratório que o possibilite atuar na sede, residir nos Estados Unidos e ir ao Brasil quando quiser. Assim, o gestor se mantêm próximo das operações em ambos os países, sem restrições de mobilidade.