Um avião caiu em uma uma região montanhosa no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, na tarde de domingo (4) após violar o espaço aéreo de Washington.
Quando acionado pelo rádio da aeronave, o jato executivo que sobrevoou a capital do país não deu respostas às autoridades.
Isto provocou, então, uma tentativa de intercepção por parte dos militares, antes da queda do avião. Quatro pessoas morreram. Não houve sobreviventes.
A principal hipótese para o acidente é que uma despressurização provocou o desmaio dos tripulantes e dos passageiros. Como o avião estava no piloto automático, seguiu em linha reta até cair.
O voo do caça que perseguia a aeronave causou um estrondo sônico que foi ouvido em toda a região da capital americana.
Dono da aeronave
O avião que caiu, um Cessna Citation, foi registrado em nome de uma empresa com sede na Flórida. John Rumpel, que dirige a companhia, disse a um jornal norte-americano que sua filha, a neta de 2 anos, sua babá e o piloto estavam a bordo do avião.
Segundo Rumpel, Eles estavam voltando para sua casa em East Hampton, em Long Island, depois de visitar sua casa na Carolina do Norte.
John é piloto e disse ao jornal que não tinha muitas informações das autoridades, mas esperava que sua família não sofresse e sugeriu que o avião poderia ter perdido a pressurização.
Uma mulher que se identificou como Barbara Rumpel, listada como presidente da empresa, disse que não tinha comentários no domingo quando contatada.
As autoridades não esclareceram quantas pessoas estavam a bordo, mas informaram que não havia sobreviventes.
O destino
A Administração Federal de Aviação diz que o Cessna Citation decolou de Elizabethtown, Tennessee, no domingo e se dirigia ao Aeroporto MacArthur de Long Island. Inexplicavelmente, o avião virou sobre Long Island, em Nova York, e voou em linha reta sobre Washington antes de cair sobre um terreno montanhoso perto de Montebello, Virgínia, por volta das 15h30.
Sites de rastreamento de voo mostraram que o jato sofreu uma rápida descida em espiral, caindo em um ponto a uma taxa de mais de 30 mil pés por minuto antes de cair no deserto de St. Mary.
Militares acionados
A aeronave esteve sobre um dos espaços aéreos mais restritos do país e não respondeu quando acionado pelas autoridades.
Em reação ao ocorrido, caças F-16 da Base Conjunta Andrews foram escalados para interceptar o avião particular, causando um estrondo sônico que reverberou por toda a área, disseram oficiais do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte.
O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, afirmou, em comunicado, que o F-16 foi autorizado a viajar em velocidades supersônicas, o que causou um estrondo sônico.
“Durante este evento, a aeronave oficial também usou sinalizadores – que podem ter sido visíveis ao público – na tentativa de chamar a atenção do piloto”, disse o comunicado. “Flares são empregados com a maior consideração pela segurança da aeronave interceptada e das pessoas no solo. Os sinalizadores queimam rápida e completamente e não há perigo para as pessoas no solo quando disparados.”