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O racha no clã Bolsonaro após a derrota nas urnas

alinhados ao deputado federal Eduardo Bolsonaro. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Desde que Bolsonaro foi derrotado por Lula, no domingo, houve uma divisão entre os filhos do presidente. E a principal polêmica era sobre quando e como ele deveria se posicionar.

A ala mais moderada capitaneada pelo senador Flávio Bolsonaro e caciques políticos defendia que Bolsonaro falasse logo e que fizesse um discurso amplo, valorizando seus 58 milhões de eleitores e seu legado. Ninguém defendia qualquer aceno a Lula, mas a orientação para não contestar o resultado das eleições era explícita.

Já alguns ideológicos e incendiários, alinhados ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, estimulavam o silêncio do presidente e viam com bons olhos os bloqueios antidemocráticos realizados por apoiadores nas estradas. Eles também defendiam que alguma dúvida sobre as eleições constasse no pronunciamento.

45 horas

Depois de 45 horas da derrota nas urnas, Bolsonaro fez um pronunciamento de 2 minutos. O tempo e o tom foram aquém do esperado pela política, que defendia maior exaltação do resultado e viu com ressalvas a “injustiça” pontuada pelo presidente. Já os ideológicos mostraram aprovação na linha seguida pelo presidente, que abasteceu a claque bolsonarista.

O fato é que, apesar do não reconhecimento explícito da vitória de Lula, os desdobramentos falam por si. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, vai dar início à transição e, na reunião com o Supremo Tribunal Federal, o presidente disse que a eleição “acabou”.

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