Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2017
No último domingo (10), a apenas dois dias do anúncio oficial do novo iPhone, a Apple deixou escapar o nome dos novos dispositivos: iPhones 8, 8 Plus e iPhone X, este último comemorativo aos dez anos do celular. Também foram confirmados os principais rumores e expectativas sobre o iPhone X: ele não contará com o botão Home, terá um display OLED de ponta a ponta e contará com o recurso Face ID, que usará o reconhecimento facial para desbloquear o celular. As suspeitas são de que o vazamento de informações foi feito por um funcionário da Apple.
A atualização do iOS era possível através de um link que poderia ser aberto somente por quem o recebesse, ou seja, um público restrito, mas que acabou enviado diretamente a sites como o 9to5Mac e Macrumors. Estes estão entre os sites mais conhecidos por antecipar informações que envolvem a Apple e seus produtos.
Entre outras novidades que os novos iPhones terão estão o modo “retrato Lighting” para câmera. Ele vai permitir que o usuário fotografe retratos com diversas opções de luz e luminosidade, melhorando a qualidade da imagem de acordo com o local e horário em que ela foi tirada.
Além disso, a extinção do botão de home vai atribuir novas funções ao botão lateral do dispositivo: se o botão for segurado, ele convocará a Siri, por exemplo.
A Apple não pronunciou-se sobre os vazamentos. O evento em que vai anunciar oficialmente o iPhone 8, 8 Plus e X acontece na nova sede da empresa, às 14h de terça-feira (12).
Novo patamar
A empresa também entrará em um novo patamar de preços: o celular custará, nos EUA, cerca de US$ 1.000 (R$ 3.095), contra os US$ 769 (R$ 2.380) de seu melhor aparelho atual, o iPhone 7 Plus.
Desde o lançamento do iPhone, há uma década, a Apple sempre posicionou como um produto “premium” – uma opção mais refinada e bem acabada que as legiões de smartphones mais baratos disponíveis no mercado.
Mas desta vez a empresa está entrando no território do luxo. O novo celular custará tanto quanto o mais acessível laptop da companhia, o MacBook Air.
Os investidores apostam que a ascensão da Apple na escala de preços os recompensará com lucros muito maiores, especialmente em mercados maduros como os EUA e a Europa ocidental, onde muitos compradores estarão fazendo um “upgrade” de iPhones mais antigos. A ação da companhia subiu quase 50% no último ano conforme crescia a expectativa em torno dos modelos 2017.
A estratégia da Apple encerra riscos, porém, especialmente nos países em desenvolvimento, onde as vendas de smartphones crescem rapidamente, mas a parcela de mercado da Apple é uma pequena bolha comparada com dispositivos que funcionam com o sistema Android, da Google.
No Brasil, por exemplo, os dispositivos Apple representarão apenas 8% das 125 milhões de assinaturas ativas de smartphones neste ano, segundo a firma de pesquisas Forrester.
Impostos altos, margens de lucros maiores no comércio e custos adicionais de uma tentativa fracassada de fabricar iPhones no Brasil empurraram o preço de um iPhone 6s, um modelo de dois anos, para mais de US$ 1.000 nas Casas Bahia, em uma filial em Copacabana, no Rio de Janeiro. No final de agosto, a varejista vendia o smartphone mais básico da Apple, o iPhone SE, por mais de US$ 600, enquanto um Samsung Galaxy J1 Mini, que roda Android, custava só US$ 136. (Com Folhapress)