Sinto cheiro de homem no ar…
Explico.
Mais alguém aí notou a proliferação de conteúdo, nas redes sociais, sobre as virtudes do homem “velha guarda”? Aquele que sabe que é Homem com H maiúsculo, que trata a sua mulher como uma rainha, que valoriza a sua família como sendo seu bem mais precioso e que, sobretudo, compreende a sua importância no mundo enquanto macho.
“Macho”? Falar de ser “macho” virou complicado nos dias de hoje, e aí me pego refletindo o quanto o homem hétero se tornou um pária da sociedade. Sim. Embora ainda claramente predominante em praticamente todas as áreas política ou economicamente relevantes, o homem hétero passou a ser objeto de piada em filmes e em memes de internet. Porque a verdade é a seguinte: ele foi titular das melhores posições sociais nos dois últimos milênios – e se fizer as continhas com os dedos e concluir que tem a ver com a Igreja Católica, acho que não é uma mera coincidência… Porém as mudanças culturais do século XX foram tão absurdamente impactantes que alteraram o tabuleiro inteiro e botaram não só as mulheres em posições estratégicas – as antagonistas mais evidentes -, mas também todos os grupos vistos como minorias, cujas bandeiras (todas muito justas) colidem, diretamente, com o status quo. E o status quo nada mais era do que um mundo onde homens mandavam e desmandavam, da ordem política mundial às finanças domésticas.
Pois é, Senhores (não estou querendo parecer debochada…ou talvez só um pouquinho), mas o mundo mudou. Mudou não. Virou de cabeça para o ar! Não bastasse as mulheres ingressarem no mercado de trabalho não só com as mãos, mas também com o cérebro, elas retomaram o poder político, a liberdade sobre seus corpos e, talvez o mais importante, a percepção de poderiam ir muito, muito além daquilo a que haviam sido designadas pela sociedade.
As consequências foram duas: as mulheres incorporaram uma atitude tão voluntariosa, que passaram a considerar os homens quase que supérfluos; e os homens entraram em crise de identidade.
Estou generalizando? Claro que sim. Se este não é o seu caso, continue lendo o texto com um olhar macro sobre o tema e com amor no coração (nem que seja por mim).
Falo, reiteradamente, que os homens estão perdidos. Os homens héteros. A maioria deles não foi criada para ser sensível. Para cuidar da casa. Para dar suporte emocional a quem ama. Não aqui no Brasil, um país ainda extremamente machista, sim. Um país onde a maioria dos homens sequer tira o prato sujo depois da refeição.
Os movimentos pela igualdade de gênero, contudo, relegaram o homem hétero ao patamar dos algozes. Tornaram-se aquela categoria que atrasa a evolução do mundo – e uma das formas de diminuir alguém é fazer dessa pessoa objeto de piada.
Tem sido assim, nos últimos anos. E o homem se calou.
Porém, venho percebendo um movimento interessante em prol da figura daquele grande homem, de valores inabaláveis. Um cavalheiro que trata as mulheres não apenas com decência, mas com admiração. Um homem protetor, valoroso, lutador e que não tem medo da sua masculinidade, porque ela não é, de forma alguma, tóxica.
Pelo contrário. Está na hora do macho deixar aflorar essa masculinidade e permitir que venha à tona, sem medo, as suas características masculinas que o tornam não só atraente, mas essencial para o mundo.
Equilíbrio é tudo. A mulher precisa do homem e vice-versa. Essa assertiva é tão óbvia que, sem esses dois polos, sequer teríamos a reprodução da espécie.
Viva o Homem com H maiúsculo, que usa suas forças, reconhece suas fragilidades, e faz uso de tudo o que tem em prol de um mundo melhor.
Saiam das sombras. Assumam suas virtudes. Venham, meninos. A gente promete que vai aplaudir.