Após um período de estiagem severa, a agricultura do Rio Grande do Sul dá sinais de recuperação. Mais do que isso: a safra de verão 2020/2021 deve ser a segunda maior desse tipo na história do Estado. A estimativa é da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), conveniada à Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural).
Em uma área total de 7,8 milhões de hectares (1,8% superior ao período anterior), a produção deve ser 40,2% maior do que a da safra passada, alcançando 32,5 milhões de toneladas dos principais grãos de verão (soja, milho, arroz e feijão). A maior colheita gaúcha foi registrada em 2017, com mais de 33,6 milhões de toneladas de grãos colhidos.
Os dados foram divulgados em entrevista coletiva virtual de imprensa transmitida na manhã desta quinta-feira (10) pela internet. Mais de 100 pessoas acompanharam o evento, comandado pelo secretário Covatti Filho junto com o presidente da Emater, Geraldo Sandri.
Conforme o levantamento, a soja tem a expectativa de maior aumento na produção (68,8%) e na produtividade (65,7%) em relação à última safra, possibilitando colheita de cerca de 19 milhões de toneladas. É projetado um rendimento de 3,1 toneladas por hectare, em área de 6 milhões de hectares, apenas 1,6% maior que no ano anterior.
Os dados apresentados foram coletados de 7 a 21 de agosto. “É importante ressaltar que estão baseados na tendência das produtividades médias municipais registradas ao longo dos últimos dez anos”, frisou o diretor técnico da Emater-RS, Alencar Rugeri. “Por esse motivo, estão muito acima do resultado obtido na última safra que foi prejudicada pela estiagem.”
Milho
– Área: 786,9 mil ha (+4,7%)
– Produção: 5,9 milhões ton (+43%)
– Produtividade: 7,5 ton/ha (+34,8%)
Arroz
– Área: 967,4 mil hectares (+1,7%)
– Produção: 7,5 milhões ton (-2,1%)
– Produtividade: 7,8 ton/ha (-3,9%)
Feijão
– Área: 37,3 mil ha (+0,8%)
– Produção: 64,5 mil ton (+19%)
– Produtividade: 1,7 ton/ha (+17,6%)
Milho
– Área: 356,8 mil hectares (+0,7%)
– Produção: 12,9 milhões ton (+43%)
– Produtividade: 36,2 ton/ha (+41,6%)
(Marcello Campos)