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O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, indicou que o governo Donald Trump considera todas as opções para conter o avanço da crise na Venezuela

Pompeo afirmou que a ajuda humanitária será mantida, apesar das dificuldades devido às ações do governo Maduro. (Foto: Reprodução)

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, indicou que o governo Donald Trump considera todas as opções para conter o avanço da crise na Venezuela. A reação de Pompeo ocorre depois dos registros de violência nas fronteiras com o Brasil e a Colômbia.

Para ele, mais sanções devem ser impostas contra o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “Haverá uma reunião do Grupo Lima [nesta] segunda-feira [25], onde outras ações serão contempladas. Há mais sanções a serem adotadas”, disse.

O vice-presidente Mike Pence participa, em Bogotá, na Colômbia, da reunião com o Grupo de Lima – formado por 14 países, incluindo o Brasil, que será representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e o chanceler Ernesto Araújo.

Pompeo afirmou que a ajuda humanitária será mantida, apesar das dificuldades devido às ações do governo Maduro. “Encontraremos outras maneiras de garantir que a comida chegue às pessoas que precisam”, acrescentou.

De acordo com comunicado divulgado pela Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), os Estados Unidos transportaram cerca de 191 toneladas de suprimentos de emergência para a cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta.

Paralelamente, os Estados Unidos começaram a pré-posicionar 178 toneladas de suprimentos adquiridos em Boa Vista, perto da fronteira do Brasil com a Venezuela, informou o Departamento de Estado há dois dias.

Em resposta, Maduro anunciou o rompimento de laços diplomáticos e políticos com os Estados Unidos. Por determinação do governo, diplomatas, funcionários diplomáticos e consulares norte-americanos deixaram a Venezuela.

Debate

A crise na Venezuela é tema nesta segunda-feira em Genebra (Suíça) da 40ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas). O secretário-geral, António Guterres, a presidente da Assembleia-Geral, María Fernanda Espinosa, e a alta comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, participarão.

A reunião dura três dias e conta com a presença de representantes de mais de 90 países, organizações regionais e internacionais. No domingo (24) Bachelet criticou duramente os atos de violência registrados nas regiões fronteiriças da Venezuela, e parlamentares venezuelanos prometeram apresentar denúncia contra o governo de Nicolás Maduro pelas ações.

O Conselho de Direitos Humanos é composto por representantes de 47 países não permanentes. Neste momento, Angola e o Brasil são as únicas nações de língua portuguesa representados. Nesta terça-feira (26) será analisada a questão da pena de morte. O Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, em 15 de março, será marcado com um debate sobre o crescimento do populismo nacionalista e ideologias de supremacia.

Relatores especiais de áreas como alimentação, tortura, alojamentos, liberdade religiosa, direitos de pessoas com deficiência e privacidade digital participarão das sessões.

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