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Carlos Roberto Schwartsmann “O senhor está muito bem!”

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Dr. Donato D'Angelo ficou conhecido nacionalmente por tratar, desde a infância, o cantor mais famoso brasileiro: Roberto Carlos. (Foto: Caio Girardi/Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O professor Donato D’Angelo morreu com 97 anos em 2014. Foi professor de ortopedia em Petrópolis por mais de 40 anos. Foi membro da Academia Brasileira de Medicina, presidente da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia) e ficou conhecido nacionalmente por tratar, desde a infância, o cantor mais famoso brasileiro: Roberto Carlos.

O mesmo sofreu amputação traumática da perna aos 7 anos de idade. O menino pobre do interior foi tratado com carinho e compaixão pelo prof. Donato.

No seu aniversário de 80 anos, o Rei, em reconhecimento ao médico e amigo cantou na sua casa em Petrópolis.

Sempre tive muita admiração pelo professor Donato, pela maneira carinhosa, gentil e educada que sempre tratou a todos.

Certa ocasião, antes do ano 2000, estávamos num congresso internacional de ortopedia realizado no hotel Intercontinental em São Conrado no Rio de Janeiro.

O “ORTRA” assim chamado, organizado pelos Acadêmicos Marcos Musafir e Sergio Franco foi um marco na história da Ortopedia brasileira.

Era tradicional, após as sessões de conferências e debates, no final da tarde, a realização de um happy hour que se estendia até o anoitecer.

Certa ocasião tive a oportunidade de conversar longamente com o saudoso mestre Donato.

Só nós dois, apesar do local estar completamente lotado.

Entre um assunto e outro sempre passava um conhecido, um ex-aluno, um ex-residente que após o cumprimento dizia: “Professor, como o senhor esta bem!”, “Professor como o senhor esta conservado, o senhor esta muito bem!”, “Professor o senhor não envelhece, o senhor esta muito bem!”.

Lá pelas tantas, talvez enfadado de tantos elogios, sempre me chamando pelo sobrenome, se virou para mim e disse: Schwartsmann, a vida não tem 3 fases, como tradicionalmente aprendeste, na realidade são 4. Na 1ª fase você é “criança”, na 2ª fase você é “adulto”, na 3ª fase você é “velho” e na 4ª fase, “você esta muito bem!”

Como percebestes esta é a fase que estou vivendo agora!

Por sorte o professor Donato viveu por mais 15 anos!

Sorte também teve a sociedade de ortopedia que conviveu com este homem exemplar por muitos anos!

Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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