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O surpreendente paradoxo no mundo

A Organização das Nações Unidas deveria ter atuação muito mais vigorosa na maior crise da era moderna. (Foto: Nações Unidas)

A produção agrícola bate recordes no Brasil, nos Estados Unidos, na Argentina e em outros países, mas faltará dinheiro para muitas compras em consequência da crise provocada pela pandemia.

Organizações Não Governamentais que tratam da fome no mundo fazem previsões sombrias. Mesmo com o surgimento da vacina para o coronavírus, o desemprego provocará o aumento do contingente de necessitados. Dos atuais 135 milhões passarão a 245 milhões.

Acesso limitado

Como será que os cidadãos comuns da China reagem às imagens das escavadeiras, cobrindo caixões de vítimas nas valas comuns em Manaus? Como se sentem diante do número assustador de mortos em todo o mundo, atingidos pelo vírus que surgiu lá?

Poucos responderão, porque o conteúdo da Internet passa por forte censura.

Prováveis donos do mundo

Se os governantes chineses tivessem agido com rapidez, o coronavírus não se espalharia, provocando tantas mortes e dor. Acham, porém, que o regime é perfeito, não admitem erro e rejeitam pedir desculpas.

Levaram a um desastre de consequências ainda não totalmente conhecidas.

Tragédia inominável

De tudo, resta aos familiares das vítimas, na capital do Amazonas, apenas o número no papel para que, em um futuro ainda incerto, possam tentar encontrar o local de sepultamento.

O direito de reclamar

Em artigo publicado ontem pelo Diário de Pernambuco, o magistrado Vladimir Souza Carvalho falou por milhões de pessoas. Alguns trechos:

“Eu quero o meu mundo de volta. Imediatamente. Como era antes, sem tirar nem pôr. (…) Não tínhamos nenhum litígio, nunca discutimos, não se registrava de minha parte reclamação de qualquer espécie, nada que pudesse se erigir em motivo para a sua saída abrupta, sem aviso prévio, sem despedida, eu, de repente, a me acordar sem estar mais em meu mundo, a procurar, em vão, explicação, justificativa, palavra de consolo, me vendo, pela primeira vez na vida, apesar de tantas décadas vividas, sem colocar os pés no meu mundo, obrigado a ficar em casa, como se fosse dela prisioneiro, a usar máscaras nas raras compras em supermercados, a lavar constantemente as mãos, a não apertar a mão de seu ninguém.”

Omissão

 É constrangedor o silêncio da ONU diante da tragédia pela qual o mundo passa. Age assim toda a vez em que alguma potência do bloco de esquerda pode sofrer críticas. Agora, atribui a tarefa de diálogo e ação à Organização Mundial da Saúde.

 Lembra episódio de desprezo ocorrido a 26 de abril de 1960. Um milhão de pessoas foram às ruas de Nova Iorque saudar o presidente da França, Charles de Gaulle, mas ele se recusou a visitar a ONU. Ao passar pelo edifício-sede, viu operários trabalhando e comentou: “Finalmente, estão acabando com ela. Ainda bem.”

Desacelera

Jornalistas de Brasília afirmam, há muitos anos, que fatos de grande repercussão nunca devem ser anunciados às sextas-feiras. Tudo adormece aos sábados e domingos na capital política. Se os ventos ressurgirem fortes amanhã, as chamas da fogueira voltarão a subir.

Vantagem

A diferença entre Sérgio Moro e muitos outros que estiveram no Ministério da Justiça é grande. Não precisou aprender nada por intermédio de terceiros. Já conhecia tudo: estruturas, sistemas, dispositivos, instrumentos, procedimentos e expedientes. Na saída, levou o que precisará.

Desgaste

O grande risco do presidente Jair Bolsonaro, no momento, é não ter partido. Sua base de apoio não está definida. Os que se opõem a ele começarão, amanhã, a colher assinaturas para criação de Comissão Parlamentar de Inquérito.

 Inimaginável antes da pandemia

Analistas preveem que o mundo do consumo de luxo também será atingido pela revisão geral de conceitos. A primeira conclusão: o isolamento levará muitos a repensarem o estilo de vida.

Estava demorando

Com a retração do mercado de luxo, a empresa canadense Ganso, única a comercializar peles, suspenderá a produção. Uma crueldade a menos contra  animais que são sacrificados.

Nau à deriva

A Argentina perdeu o leme: o ministro das Relações Exteriores, Felipe Solá, divulgou comunicado, ontem, dizendo que o país não participará de futuras negociações comerciais do Mercosul. Contradiz a promessa de prosperidade feita pelo vencedor da eleição de outubro do ano passado.

Espectadores

Na maioria dos legislativos, a temporada da pandemia pode também ser chamada de estímulo ao ócio.

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