Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de fevereiro de 2024
A ministra da Saúde Nísia Trindade defendeu que o sistema público de saúde tem condições de combater à dengue. A afirmação foi proferida durante a abertura do Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses), realizada no final de semana.
“O SUS tem condições. Já existe um conhecimento estabelecido para salvar vidas. Aqueles casos que temos verificado o agravamento, podemos agir. Temos como agir”, afirmou a ministra.
“Não é uma doença para ficarmos desestruturados, nem desorganizados. Ao contrário. É uma doença que nos leva a uma maior mobilização e maior organização e, para isso, o sistema de saúde é fundamental”, defendeu.
A portaria que institui o COE foi publicada na sexta-feira. Segundo a pasta, o COE vai permitir uma maior agilidade no monitoramento e análise do cenário da dengue para enfrentar o avanço da doença no País.
De acordo com o ministério, serão divulgados informes diários, semanais e mensais para manter a população, profissionais de saúde e gestores informados. As ações de enfrentamento serão coordenadas pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios.
O centro terá membros de diversas secretarias da pasta de Nísia e de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e dos Conselhos Nacionais de Secretários (Conass) e Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Casos
As mortes por dengue neste ano chegaram a marca de 24 pessoas no último dia de janeiro — duas vezes mais que o número registrado na última atualização, em 25 de janeiro. Os óbitos em investigação também dobraram de valor, assim como os casos prováveis. Os dados são do Painel de Arboviroses, do Ministério da Saúde (MS).
Entre as unidades federativas, o Distrito Federal lidera o número de mortes, com 7 casos. Na sequência estão Minas Gerais (5), Paraná (4) e São Paulo (4). Além disso, estão em investigação 163 óbitos; menos de uma semana atrás, eram 85.
No mesmo período, os casos prováveis de dengue em todo país passaram de 120 mil para 243 mil. A taxa de incidência da doença por 100 mil habitantes também aumentou em todos os estados. A capital federal segue liderando o ranking (1.108), e teve aumento significativo em seis dias. Anteriormente, a taxa era de 551.
Em segundo lugar do ranking de incidência está Minas Gerais, com taxa de 384 e 79 mil casos em investigação; em terceiro, figura o Acre (357).