Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2019
O Tesouro dos Estados Unidos afirmou na segunda-feira (06) que não entregará as declarações de impostos do presidente Donald Trump e de suas empresas ao Congresso. Steven Mnuchin, secretário do órgão, afirmou em uma carta que não estava autorizado a fornecer as informações solicitadas, que incluem a renda pessoal do republicano e o desempenho financeiro de seus negócios.
Ele também afirmou que a solicitação “carece de interesse legítimo” e “envolve sérias questões constitucionais que poderiam afetar todos os contribuintes”. O pedido é visto por deputados democratas como um primeiro passo para uma fiscalização da renda do presidente e de suas empresas – que alguns congressistas suspeitam que possa estar repletas de conflitos de interesse e possíveis violações da lei tributária americana.
Mnuchin assinala na carta dirigida a Richard Neal, presidente da comissão parlamentar que supervisiona as questões fiscais, que solicitou uma avaliação do Departamento de Justiça. A expectativa é que Congresso e Presidência travem uma batalha legal pelas declarações.
Desde o bom desempenho nas eleições de meio mandato, em 2018, o Partido Democrata controla a Câmara dos Deputados e tem lançado mão da prerrogativa da Casa de fiscalizar o Executivo. Trump é o primeiro presidente dos EUA desde Richard Nixon a se negar a revelar suas declarações de renda. Também nesta segunda, a popularidade de Trump chegou pela primeira vez desde o início de seu mandato à marca de 46%, segundo o Instituto Gallup.
Representante da China
O Ministério do Comércio da China confirmou que o vice-primeiro-ministro do país, Liu He, visitará Washington entre os dias 9 e 10 de maio para continuar as negociações comerciais com a
delegação dos Estados Unidos.
Por meio de uma nota breve, o ministério informou que a viagem será a convite do representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e do secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e que esta será a décima primeira rodada de negociações sobre questões econômicas e comerciais.
No domingo (05), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou aumentar de 10% para 25% as tarifas a US$ 200 bilhões em bens importados da China a partir da próxima sexta-feira (10), e disse que iria taxar em breve outros US$ 325 bilhões em bens. Segundo Trump, as negociações comerciais entre os dois lados estão avançando muito lentamente.
A medida levantou questionamentos sobre a participação chinesa nas conversas sobre comércio desta semana. O Ministério de Relações Exteriores da China já havia dito ontem que a delegação do país ainda se preparava para participar das reuniões nos Estados Unidos.
Na segunda-feira, no final do dia, falando a repórteres, Lighthizer acusou a China de “renegar” compromissos já firmados nas negociações em curso, citando que houve uma “erosão nos compromissos”, sem dar mais detalhes. Ele confirmou que o aumento de tarifas está programado para sexta-feira.