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O TOBOGÃ NA CARREIRA DE VARGAS

Vargas e o vice-presidente Café Filho em 1953.

A 13 de novembro de 1945, foi feito o primeiro registro da candidatura de Getúlio Vargas para concorrer ao Senado. O presidente da República tinha sido deposto a 29 de outubro do mesmo ano e estava recolhido à Estância Santos Reis, de sua família, em São Borja. A impressão de que ficaria retirado da Política foi revertida com a decisão de disputar as eleições de 2 de dezembro.

A legislação da época permitia concorrer a vários cargos por diferentes partidos e estados. A consagração veio com a eleição ao Senado pelo Rio Grande do Sul, através do Partido Social Democrático, e pelo Paraná, via Partido Trabalhista Brasileiro.

Não foi só: Vargas também se elegeu deputado federal por seis Estados: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Mais o Distrito Federal.

Decidiu-se por assumir a cadeira de senador pelo Rio Grande do Sul.

Mesmo que não tenha sido hostilizado ao deixar a Presidência da República nem sofrido alguma condenação, passou por constrangimento: sua posse provocou imediata moção de condenação ao Estado Novo e de louvor à atuação das Forças Armadas em sua deposição. Foi o principal motivo para que recuasse de atuação mais influente nos rumos do Legislativo.

Reapareceu de forma destacada em dezembro de 1946. Motivado pela necessidade de anunciar seu rompimento político com o presidente Eurico Gaspar Dutra, que vinha se aproximando da União Democrática Nacional e promovendo o isolamento do PTB, Vargas pronunciou discurso, rejeitado no plenário, mas aclamado por mais de 3 mil pessoas que cercavam o Palácio Monroe, sede do Senado no Rio de Janeiro.

Novo triunfo de Vargas foi obtido a 3 de outubro de 1950, quando se elegeu presidente da República com 48,7 por cento dos votos. Carreira interrompida com o suicídio a 24 de agosto de 1954.

 

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