Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2018
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estuda ideias para tentar prevenir a disseminação de notícias falsas (fake news) nas próximas eleições. Uma delas é a criação de uma central de autorregulamentação integrada por todos os partidos para regular o uso das redes sociais.
Ela funcionaria como o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Ele é integrado por agências do setor que vigiam umas as outras e aplicam penas para quem infringir os códigos de ética da profissão.
Um dos magistrados que estuda a elaboração de uma proposta diz que a comissão poderia penalizar os candidatos inclusive se pessoas externas à campanha espalhassem mentiras pelas redes. A regra funcionaria como a dos times de futebol que são punidos por atos de violência e vandalismo de suas torcidas.
Bolsonaro
O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, disse no domingo (21) que não tem amizade com empresários e sugeriu a possibilidade de alguém ter sido instigado pelo PT e contratado empresas para disseminar notícias falsas para então jogar a culpa nele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
“Não tenho amizades com empresários e nunca pedi isso a empresários”, disse o candidato em relação à denúncia envolvendo a disseminação de notícias falsas por milhares de grupos de WhatsApp que estariam sendo impulsionados em seu nome. “O que pode acontecer, talvez, é algum empresário instigado pelo PT ter feito isso aí para jogar a culpa em cima de mim”, acrescentou Bolsonaro durante entrevista publicada em seu Twitter.
Debates
Bolsonaro emendou dizendo que não possui qualquer ingerência, nem recursos para pagar empresas. Em relação à sua recusa de participar de debates, afirmou que não debaterá com seu oponente, o candidato pelo PT, Fernando Haddad, porque “ele [Haddad] não vai ter autonomia caso seja presidente para nomear uma pessoa mais humilde se deu gabinete”, alegando que quem estará por trás de suas decisões será o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava-Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Ele afirmou que, por conta de sua saúde, não pode participar de atos públicos. “Estou acompanhando os atos e meu coração está com todos vocês! Muito obrigado e que Deus os abençoe!”, acrescentou.
Bolsonaro não tem participado de atos públicos e tem limitado entrevistas para a imprensa, que faz uma nova rodada de sabatinas com os candidatos que passaram para o segundo turno da corrida presidencial. Nesta segunda-feira (22), por exemplo, às 22 horas, o programa Roda Viva, da TV Cultura, entrevista, ao vivo, o candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) e seu oponente, embora tenha sido convidado, optou por não comparecer.