O ministro substituto do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Sérgio Banhos negou, na terça-feira (11), um pedido da campanha do PT para suspender as propagandas eleitorais de TV do candidato Henrique Meirelles (MDB) que utilizam imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Presidente do BC (Banco Central) no governo Lula, Meirelles usa em suas propagandas duas fotos ao lado do petista.
Para os representantes da chapa do PT, a propaganda seria irregular por supostamente tentar confundir o eleitorado ao transmitir a ideia de um eventual apoio de Lula a Meirelles, além de exibir um político que não participa da coligação do ex-ministro.
“No entanto, o que se observa, ao menos em juízo perfunctório, é que as fotos são históricas e foram divulgadas com o objetivo de demonstrar a capacidade e a competência do candidato na condução da economia. Entendo, portanto, que as fotos em questão tratam de acontecimento público e notório, o que, em princípio, não viola a legislação eleitoral”, assinalou o ministro em sua decisão.
Ex-presidente do BC no governo Lula e ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, Meirelles tenta colar sua imagem na do petista, candidato que liderava as pesquisas de intenção de voto até ter sua candidatura barrada pelo TSE por estar enquadrado na Lei da Ficha Limpa. A iniciativa faz parte da estratégia do ex-ministro de se tornar mais conhecido junto ao eleitorado.
Segurança
Meirelles afirmou que não usa segurança da PF (Polícia Federal) por não ter “grandes preocupações com nenhum tipo de ação extremista” em relação a ele. Durante visita a Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, Meirelles voltou a se solidarizar com Bolsonaro, ferido em atentado, e disse que autor de facada é “exemplo de cidadão desequilibrado”.
“Eu sou um candidato que tem propósito, desde o início, à conciliação entre os brasileiros, à pacificação, e à junção dos brasileiros, saindo dos extremos indo para a frente. Nós precisamos caminhar juntos. O povo brasileiro precisa construir um Brasil melhor. Isso que é importante. Por isso eu não tenho grandes preocupações, eu não tenho nenhum tipo de ação extremista, minha ação é ação de união”, afirmou.
Na cidade, ele participou no último fim de semana de uma carreata com o candidato do partido dele ao governo do Estado, Daniel Vilela, ao lado do prefeito de Goiânia, Iris Rezende e de candidatos da coligação a deputado estadual, federal e ao Senado Federal.
Antes do início da carreata, Meirelles disse, em entrevista coletiva, que é “contra violência” e que, se eleito, vai combater o tráfico de armas. O candidato, que já havia manifestado solidariedade a Bolsonaro, voltou falar sobre o assunto.
“Não há dúvida que gera uma comoção muito grande em todos nós e que somos solidários ao deputado [Jair Bolsonaro]. Eu sou totalmente contra violência. Eu acho inaceitável não só contra o candidato, mas contra qualquer pessoa. Eu combato exatamente a questão do tráfico de armas, eu combato a distribuição de armas porque isso só vai fazer é exatamente incentivar este caso”.