Há muito tempo se discute o que o ser humano mais deseja. Alguns partem para respostas rápidas e dizem: “Dinheiro!”, “Conhecimento!”, “Poder!”, “Saúde!”.
No entanto, todos falham ao ignorar uma peça fundamental na conquista de qualquer um dos benefícios citados acima – que é o tempo. Afinal, quem o tem pode não ter tudo, mas tem justamente o mais importante para conquistá-lo.
Se as pessoas tiverem mais tempo, podem descansar mais, aproveitar mais momentos em família, estudar mais, dedicar-se mais à carreira, viajar o mundo, cuidar da saúde, entre outras atividades.
Em tempos de distanciamento social e estudos domiciliares, muitos professores e alunos passaram a perceber quanto desse bem tão precioso lhes é tomado dia após dia.
Afinal, se somarmos, em uma conta rápida, deslocamento (ida e volta), entradas e saídas de sala durante os períodos, as interrupções durante as explicações e correções, aguardar até que o último aluno (que merece seu tempo) termine o exercício ou a prova e alguma outra distração que certamente existe, estamos falando de algumas horas por dia, ou pior, por turno.
Devido às aulas gravadas, prontas e editadas, a liberdade de começar uma atividade logo após o término da outra, da impossibilidade de um aluno atrapalhar o outro ou até mesmo o profissional professor, de estar tudo a cliques de distância, ganha-se em otimização de tempo. Tempo que, como mencionado, permite tudo.
Percebo um novo capítulo na luta pelo direito de liberdade e escolha do homeschooling. Passado o susto das adaptações digital e social, se falarmos de um cenário em que esse tempo de sobra possa ser utilizado como cogitado acima, e não apenas em casa, tenho certeza de que muitos entenderão o ganho que seus filhos e os profissionais terão.
Anderson Pavei – Empresário e Associado IEE